À medida que a guerra entra em seu 943º dia, estes são os principais acontecimentos.
Aqui está a situação na quarta-feira, 25 de setembro de 2024.
Combate
- Pelo menos três pessoas foram mortas e 34 ficaram feridas depois que a Rússia atingiu um bloco de apartamentos em Kharkiv em um ataque com bomba guiada. A cidade do nordeste, que fica perto da fronteira russa, é a segunda maior da Ucrânia.
- Pelo menos sete pessoas ficaram feridas em um ataque russo na cidade de Zaporizhzhia, no sul do país, que tem sido alvo de uma série de ataques nos últimos dias.
- Enquanto isso, o governador regional de Zaporizhia, Ivan Fedorov, acusou a Rússia de “caçar civis” depois que um homem foi morto a tiros em uma vila por um drone russo com visão em primeira pessoa (FPV).
- Pelo menos duas pessoas foram mortas em um ataque de artilharia russa em uma área residencial na cidade oriental de Pokrovsk, disseram promotores regionais de Donetsk.
- Uma pessoa morreu e duas ficaram feridas em um ataque com bomba guiada pela Rússia contra duas instalações de infraestrutura não especificadas em Kostiantynivka, disse o governador regional de Donetsk, Vadym Filashkin, no Telegram.
- Blogueiros de guerra russos e a mídia estatal disseram que as forças russas começaram a invadir a cidade ucraniana oriental de Vuhledar, que tinha uma população de mais de 14.000 pessoas antes da guerra. O exército ucraniano disse que as tropas russas lançaram oito ataques ao redor da cidade e duas vilas próximas, e que quatro foram repelidos.
- Um ataque russo na região central de Poltava, na Ucrânia, danificou a infraestrutura energética e cortou o fornecimento de energia para 20 assentamentos.
- A Força Aérea Ucraniana disse que a Rússia lançou 81 drones e quatro mísseis para atacar o país durante a noite de segunda para terça. A força aérea disse que abateu 66 drones e que perdeu o controle de mais 13 em várias regiões ucranianas.
- O Ministério da Defesa da Rússia disse que suas unidades de defesa aérea destruíram 13 drones ucranianos – seis sobre as regiões de Belgorod e Kursk, e um sobre a região de Bryansk.
Política e diplomacia
- O presidente ucraniano Volodymyr Zelenskyy disse ao Conselho de Segurança das Nações Unidas, composto por 15 membros, que a guerra da Rússia contra a Ucrânia não poderia ser encerrada apenas por meio de negociações e que Moscou tinha que ser forçada à paz. Zelenskyy disse que Moscou era o “único agressor” na guerra e acusou a Coreia do Norte e o Irã de serem “cúmplices de fato” por fornecerem armas à Rússia.
- O Secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, e o Ministro das Relações Exteriores da China, Wang Yi, entraram em choque durante a reunião depois que Blinken acusou a China de fornecer à Rússia tecnologias que estavam permitindo à Rússia “reconstruir, reabastecer, aumentar sua máquina de guerra”. Wang rejeitou as acusações. “Quero deixar claro que, na questão da Ucrânia, qualquer movimento para transferir a responsabilidade para a China, ou atacar e difamar a China, é irresponsável e não levará a lugar nenhum”, disse ele ao conselho.
- Falando na Assembleia Geral da ONU, o presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva defendeu a proposta do Brasil e da China para conversas entre a Rússia e a Ucrânia para acabar com a guerra. O plano de seis pontos pede a redução da tensão na situação e a retomada do diálogo direto sem exigir que a Rússia recue. Zelenskyy já rejeitou o plano como “destrutivo”.
- O Ministro das Finanças da Ucrânia, Sergii Marchenko, disse que o país gastará 2,22 trilhões de hryvnias (US$ 54 bilhões) em “segurança e defesa nacional” em 2025. A soma representa cerca de 26% do produto interno bruto (PIB) da Ucrânia e 61% do orçamento geral do governo.
- A Rússia disse que planeja aumentar os gastos orçamentários em 9%, para 41,5 trilhões de rublos (US$ 446,2 bilhões) em 2025. O ministro das Finanças, Anton Siluanov, disse que o foco permanecerá nas necessidades militares.
- Os legisladores russos aprovaram novas medidas para permitir que o exército recrute réus que estão atualmente em julgamento. Os procedimentos criminais seriam suspensos durante o tempo do réu com o exército e abandonados se ele recebesse uma condecoração estadual ou fosse dispensado em circunstâncias normais, como ser ferido em combate, disse a Duma Estatal.
Armas
- O conselheiro presidencial da Ucrânia, Vladyslav Vlasiuk, disse que cerca de 60 por cento das peças estrangeiras encontradas em armas russas no campo de batalha na Ucrânia foram entregues à Rússia via China. Vlasiuk disse que a própria China estava fornecendo à Rússia, além de ser uma rota de trânsito para produtos ocidentais, observando que peças importantes usadas em vigilância, drones e mísseis também se originaram de países como Estados Unidos, Holanda, Japão e Irlanda.