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Interrogatório aos suspeitos de integrar rede de prostituição retomado segunda-feira – Observador Feijoada

ByEdgar Guerreiro

Out 5, 2024

O primeiro interrogatório judicial dos três detidos suspeitos de integrar uma rede de exploração de mulheres para prostituição em Lisboa, dois dos quais polícias municipais, foi interrompido e será retomado na segunda-feira, disse esta sexta-feira à Lusa fonte policial.

O interrogatório começou na quinta-feira e estava previsto que as medidas de coação fossem conhecidas esta sexta-feira.

Na quinta-feira, o Comando Metropolitano de Lisboa da PSP anunciou que três pessoas entre os 40 e 45 anos foram detidas e duas constituídas arguidas no âmbito deste caso de crimes de tráfico de seres humanos e lenocínio agravado, que envolve dois agentes da Polícia Municipal de Lisboa.

Dois agentes da Polícia Municipal de Lisboa detidos em operação de tráfico sexual. Usariam farda para coagir vítimas a prostituir-se

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Fonte policial adiantou à Lusa que os três detidos são os dois agentes e a mulher que geria o espaço, na zona do Chiado.

Segundo a investigação, referiu ainda a fonte, os dois polícias deslocavam-se ao local, muitas vezes fardados, para exercer algum tipo de pressão e intimidação junto das vítimas, para que colaborassem.

De acordo com o comando metropolitano, a investigação decorre “há cerca de um ano e meio” e permitiu identificar uma estrutura que “explorava mulheres para a prostituição, submetendo-as a condições degradantes e desumanas, obrigando-as a trabalhar de forma quase permanente, limitando a sua liberdade e autodeterminação”.

Nesta estrutura, a mulher que geria o negócio “contava com diversos colaboradores”, quer no espaço utilizado para a prostituição, quer como rede de apoio.

Na quarta-feira foram realizadas buscas domiciliárias, na zona da Grande Lisboa e no Algarve, que tinham como objetivo recolher indícios da prática dos crimes.

Segundo a PSP, foram realizadas sete buscas domiciliárias — seis às residências dos suspeitos e uma ao local utilizado para a prática da prostituição — e foram cumpridas ainda buscas na Polícia Municipal de Lisboa, local de trabalho dos dois profissionais investigados.





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