O titular na liderança, com 89,2 por cento dos votos, já que a participação eleitoral foi de 28 por cento nas eleições de domingo.
O presidente tunisino, Kais Saied, está a caminho de vencer as eleições presidenciais com 89,2 por cento dos votos, de acordo com uma sondagem à saída transmitida pela televisão estatal, solidificando o governo de Saied após uma tomada de poder há três anos.
Mas a Alta Autoridade Independente para Eleições da Tunísia (ISIE) anunciará os resultados oficiais das eleições na noite de segunda-feira.
Saied, de 66 anos, concorreu contra dois rivais, incluindo seu ex-aliado que se tornou crítico, líder do Partido Chaab, Zouhair Maghzaoui, e Ayachi Zammel, um empresário que era visto como uma grande ameaça à reeleição de Saied até ser preso no mês passado.
De acordo com a pesquisa de saída, Maghzaoui, 59, recebeu 3,9 por cento dos votos e Zammel, 47, recebeu 6,9 por cento.
O ISIE disse que a participação eleitoral foi de 27,7 por cento na votação de domingo. O porta-voz do conselho, Mohamed Tlili Mansri, disse anteriormente que esperavam uma participação de cerca de 30 por cento.
Figuras importantes dos partidos políticos mais proeminentes do país, que se opõem em grande parte a Saied, enfrentaram prisão por diversas acusações e não apoiaram publicamente nenhum dos três candidatos nas urnas.
Figuras da oposição presas incluem Rached Ghannouchi, chefe do partido de oposição Ennahda, que dominou a política após os protestos da “Primavera Árabe” de 2011 para destituir o presidente Zine El Abidine Ben Ali.
Segundo grupos de direitos humanos, desde 2019, quando Saied foi eleito, o presidente desfez as conquistas democráticas para o país que foram garantidas através da revolução.
No entanto, Saied rejeitou as críticas e argumentou que as suas ações eram para combater a elite corrupta e os traidores.
No entanto, as tensões políticas no país aumentaram antes das eleições, depois de uma comissão eleitoral nomeada pelo presidente desqualificar três candidatos no meio de protestos da oposição e de grupos da sociedade civil.
Ao mesmo tempo, a Tunísia regista um fraco crescimento económico, uma inflação elevada e um desemprego, que também provocaram protestos.
Na semana passada, legisladores leais a Saied retiraram autoridade do tribunal administrativo sobre disputas eleitorais.
O tribunal é visto como o último órgão judicial independente do país depois de Saied dissolver o Conselho Superior da Magistratura e demitir vários juízes em 2022.
Um ano antes, em 2021, Saied dissolveu o parlamento eleito e reescreveu a constituição, numa medida que a oposição apelidou de golpe de Estado.
A constituição reescrita foi submetida a referendo e aprovada com uma participação eleitoral de apenas 30 por cento. O segundo turno de janeiro para o novo parlamento que Saied criou com essa constituição alcançou apenas 11% de participação eleitoral.