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Economia está a crescer menos em 2024 e não vai acelerar tanto em 2025, diz o Banco de Portugal – Observador Feijoada

ByEdgar Guerreiro

Out 8, 2024


A economia portuguesa deverá terminar o ano de 2024 com um crescimento de 1,6%, estima o Banco de Portugal, que em junho tinha apontado para uma expansão mais favorável da economia (2%). Parte desta revisão está relacionada com uma alteração das séries de dados usados pelo INE, explica o Banco de Portugal, que também passou a apontar para uma aceleração mais fraca da economia no próximo ano: a anterior previsão de 2,3% era uma das mais otimistas mas, nesta terça-feira, o Banco de Portugal cortou a projeção de crescimento em 2025 para 2,1%.

Os dados estão no Boletim Económico de outubro, um relatório onde o Banco de Portugal atualiza, trimestralmente, as previsões macroeconómicas. O supervisor explica que, face às projeções divulgadas em junho, as projeções atuais incorporam as novas séries de contas nacionais anuais e trimestrais para o período 1995 a 2024 (até ao segundo trimestre), tendo como referência o ano de 2021, que substitui a anterior base 2016″.

Estas novas séries “incorporam nova informação de base relevante e melhorias metodológicas”, explica o supervisor financeiro referindo-se a um efeito que já tinha sido explicado pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) há algumas semanas.

Economia cresceu um pouco mais em 2022, 2023 (e 2024, até agora) com nova base de cálculo do INE

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Neste contexto, o Banco de Portugal, que tinha uma das projeções mais otimistas entre as principais instituições, passou a prever uma aceleração menos pronunciada da economia nacional. “A atividade económica em Portugal deverá crescer 1,6% em 2024, 2,1% em 2025 e 2,2% em 2026” e, por outro lado, “a inflação deverá reduzir-se para 2,6% em 2024 e fixar-se em valores consistentes com a estabilidade de preços nos anos seguintes”, afirma o Banco de Portugal.

O supervisor reconhece que “a evolução recente da atividade foi mais fraca do que o esperado” mas “projeta-se uma aceleração no final do ano“. O crescimento em cadeia (trimestre a trimestre) do PIB “reduziu-se no segundo trimestre, para 0,2%, após um início do ano dinâmico (0,6%)”.

Olhando para a frente, o Banco de Portugal antecipa que “o dinamismo do rendimento disponível continuará a refletir uma evolução favorável do mercado de trabalho, com aumento do emprego e dos salários, e o impacto das medidas orçamentais”, prevê o supervisor, acrescentando que “a transição gradual para taxas de juro mais baixas e as entradas de fundos europeus apoiarão um maior crescimento do investimento”.

Por outro lado, “a procura externa dirigida à economia portuguesa acelera no horizonte de projeção, mas a evolução das exportações é condicionada pelo esgotamento do impulso da recuperação pós–pandemia dos serviços, em particular dos associados ao turismo”, acautela o supervisor liderado por Mário Centeno.

Em plena negociação do Orçamento do Estado para 2025, o supervisor liderado por Mário Centeno, salienta, quanto à política orçamental, que “a sua orientação expansionista em todos os anos do horizonte de projeção, num contexto em que o PIB se encontra acima do seu potencial, gerará a necessidade de um ajustamento posterior numa fase menos favorável do ciclo económico”.”Assim, a redução sustentada do rácio da dívida pública não deverá abrandar o ritmo, pois representa um elemento fundamental para a estabilidade macroeconómica e para o crescimento das gerações presentes e futuras”, termina o Banco de Portugal.





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