• Sex. Out 11th, 2024

Seguro em Belém? Partido atento a movimentações, mais próximos falam em “ponderação” – Observador Feijoada

ByEdgar Guerreiro

Out 11, 2024

Além da participação em eventos aparentemente “aleatórios”, como uma candidatura interna na concelhia de Soure e conferências em Condeixa e Miranda do Corvo, António José Seguro aceitou participar, no ano passado, em eventos com maior projeção.

Num debate com Assunção Cristas sobre Europa, antes das eleições europeias que o PS acabaria por ganhar, Seguro recusou falar sobre planos para um eventual futuro político, admitindo que nunca diria “jamais”: “Não tenho no horizonte qualquer regresso. Mas não serei hipócrita ao ponto de dizer ‘nunca, jamais, em tempo algum’”. No final do evento, o Público chegaria a perguntar-lhe se diria que não a uma candidatura às eleições presidenciais de 2026 — pergunta a que Seguro recusou responder. No mesmo evento, e depois de ter recusado várias vezes fazer comentários sobre política nacional, acabou por disparar uma crítica que atingiria diretamente o Governo de António Costa, na altura em plena crise Galamba: “Quando olho para o país, fico perplexo com o que vejo. Acho que os portugueses merecem melhor (…) Pelas razões de que vocês suspeitam”.

Seguro diz-se “perplexo” com situação do país: “Os portugueses merecem melhor”

As candidaturas presidenciais devem, como se vai recordando no partido, partir das próprias personalidades — daí que se comente no PS que “a bola está do lado de Seguro” se quiser mostrar vontade de regressar. Do lado dos que continuam a assumir-se seguristas, a perspetiva anima: a referência de Pedro Nuno Santos levou a trocas de telefonemas entre os antigos apoiantes do ex-líder, que continuam a puxar pela hipótese e a querer puxar pelo hipotético candidato.

“É sempre uma reserva da República”, comenta um destes nomes. “O partido precisa de olhar para ele como um ativo importante, para fecharmos este capítulo em que um dos nossos melhores não conta”. Outros seguristas falam da “postura cívica” e de uma “forma de estar na vida pública” que, acreditam, ainda terá admiradores.

Não é de estranhar que as hostes seguristas se animem: já durante a última corrida interna no PS, entre Pedro Nuno Santos e José Luís Carneiro, o nome chegou a circular, tendo Seguro admitido que o “telefone” tinha tocado “mais” nos últimos dias mas fechando o assunto com uma referência ao famoso episódio da rodagem do carro que Cavaco Silva foi fazer ao congresso do PSD na Figueira da Foz — uma aparição supostamente improvisada que acabou com Cavaco a vencer a disputa pela liderança social democrata. “Não tenho nenhum Citroen para fazer a rodagem”, ironizava Seguro. Desta vez, está em silêncio.





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