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A nova vida de Andrew Garfield vai levá-lo onde ele ainda não chegou? – Observador Feijoada

ByEdgar Guerreiro

Out 13, 2024

Andrew Garfield esteve uma semana de férias em San Sebastián, informação do conhecimento de muito poucos. Na reta final do festival de cinema daquela cidade (SSIFF), o britânico mostrou que estava pronto para regressar aos grandes palcos, depois de um período sabático prolongado durante o qual colocou em pausa a participação em filmes de larga escala. No país basco foi mostrar o seu mais recente filme, produzido pela hoje em dia muito recomendável A24, Todo o Tempo que Temos, comédia de ambições mais ligeiras, com Florence Pugh. O filme, que se estreou esta semana em Portugal, conta a história de um casal que descobre que a mulher tem cancro terminal, uma viagem existencial onde a doença apresenta um dilema: aproveitar os seis últimos meses da melhor forma possível ou apostar no tratamento sem saber o seu resultado.

A 28 de setembro, o sábado que foi dia de encerramento do festival de cinema de San Sebastán, Todo o Tempo que Temos foi mostrado na cerimónia de fecho.  Um dia antes, Andrew Garfield surpreendia um grupo restrito de jornalistas europeus ao conceder entrevistas, algo que não aprecia especialmente — isso e selfies. O Observador participou numa dessas conversas, durante a qual, em pouco tempo, se utilizou a urgência do tempo para falar sobre super-heróis, mitos, capitalismo e o que muda aos 40 anos. “Pela primeira vez na minha vida estou noutro espaço mental, sinto uma certa urgência de abrandar e absorver o máximo possível, saber o balanço entre as histórias que quero contar, os sítios, os atores, as pessoas e as entrevistas”, afirmou.

[o trailer do filme “Todo o Tempo que Temos”:]

O ator Americano, nascido em Los Angeles há 41 anos, já tinha trabalhado com John Crowley, realizador de Todo o Tempo que Temos, muito antes de se tornar o segundo Homem-Aranha mais famoso do mundo, em 2012. Foi em Boy A, drama sobre a segunda vida de um jovem, após a prisão. O cineasta irlandês achou que uma história ternurenta a puxar a lágrima, entre uma chef em ascensão e um divorciado sentimental, poderia ser o convite certo para que Andrew Garfield voltasse a trabalhar com ele. E, sobretudo, voltasse a trabalhar no e com o Reino Unido.

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Em 2022, participou na mini-série Em Nome do Céu como detetive, projeto que passou despercebido ao circuito mais mediático. Pouco mais fez para um público que se pudesse aproximar ao que conquistou no universo da Marvel e, sobretudo, o que continua a pedir-lhe que volte a vestir o fato e a lançar teias, tal como fez, num regresso muito aguardado, em Homem-Aranha: Sem Volta à Casa (2021). O ator disse, recentemente, que não se importava de voltar ao papel de forma pontual, mas que um regresso de corpo inteiro não estava no horizonte.

Mesmo tendo em conta essa expectativa que pode sair furada, em San Sebastián Andrew Garfield não se comprometeu sobre o mau momento dos filmes de super-heróis. São vários os artigos que apontam para uma fadiga face ao universo da MCU e da DC Comics, ainda que, por exemplo, Deadpool & Wolverine tenham tido muito bons desempenhos no verão deste ano, ultrapassando os 600 milhões de dólares em box office só nos Estados Unidos da América. “Sobre essa fadiga não tenho qualquer comentário a fazer. Não sei se as pessoas estão fartas. Mas sinto que o mito do herói continua a ser muito importante para as pessoas, se bem que acho que precisamos de outro. Prefiro o do génio, o que diz que cada um de nós é um génio que pode trazer algo de bom para a comunidade. Sem esse génio, uma comunidade não pode estar curada”, refere.





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