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Fim da publicidade da RTP e plano de rescisões vão tornar empresa “insustentável”, avisa conselho de opinião – Observador Feijoada

ByEdgar Guerreiro

Out 16, 2024

(Em atualização)

O conselho de opinião da RTP questiona as opções do Governo para a empresa, considerando que as medidas previstas, nomeadamente o plano de rescisões que prevê a saída de 250 pessoas, e o fim gradual da publicidade, vão tornar a empresa “insustentável”.

“Uma empresa sustentável, que há 14 anos não tem contas negativas, e vamos agora, de forma governamental, torná-la insustentável?”, questionou Deolinda Machado, presidente do órgão, esta quarta-feira numa audição no parlamento, pedida pelo PS, PCP e Livre após o anúncio do Governo do plano para os media.

Quanto valem seis minutos (de publicidade) nas contas da RTP?

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Para Deolinda Machado, a publicidade “é determinante” para que a RTP tenha público. “E queremos um serviço público com público e a publicidade traz esse publico também. Além da pertinência do que significa como financiamento para a própria empresa. Não somos favoráveis à retirada da publicidade da RTP de nenhum dos minutos, precisamos é de reforçar o financiamento”, nomeadamente, acrescentou, para melhorar o serviço da RTP na diáspora portuguesa, para investimento no plano tecnológico e em “nova capacidade de admissão de jovens bem preparados para a IA, entre outras” tecnologias.

A responsável criticou ainda o plano de rescisões anunciado para a RTP, que deverá, segundo Deolinda Machado, contribuir para aumentar a dívida da RTP, que é de 70 milhões de euros. “A empresa endividar-se ainda mais para despedimentos, não nos parece ser esse o caminho”, afirmou. “Esse caminho já conhecemos há décadas e no que ele resultou”. Segundo Deolinda Machado, “o plano de rescisões que a empresa tinha era completamente diferente do anunciado no dia 8”.

Para a presidente do conselho de opinião, as medidas vão ter como resultado “deixar enfraquecer” a RTP, que irá assim “perder relevância, fragilizá-la no panorama nacional e internacional”.

A responsável sublinhou que a Contribuição Audiovisual que a RTP recebe é a “terceira mais baixa da União Europeia” e que “quando há cortes o que sofre é a grelha, a qualidade passa a ser menor”. Além dos produtores independentes, Deolinda Machado salientou o papel d’O Preço Certo, que “há 20 anos faz a ligação à população e é de extrema importância”, bem como do Portugal em Direito, que “é dos que tem mais audiências, a população revê-se nestes programas”.

A responsável revelou que o conselho de opinião não foi ouvido pelo Governo antes do anúncio destas decisões. Já foi pedida uma reunião com o Executivo mas o conselho de opinião ainda aguarda resposta.





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