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Aquecimento global agrava inundações mortais em África, alertam cientistas

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Out 23, 2024

África está a suportar o peso das alterações climáticas, apesar de produzir uma pequena percentagem das emissões globais.

O aquecimento global intensificou a estação chuvosa em muitos países africanos em 2024, provocando inundações mortais, segundo os cientistas.

A rede World Weather Attribution (WWA) disse na quarta-feira que as mudanças climáticas provocadas pelo homem, causadas pelo uso de combustíveis fósseis, pioraram entre 5 e 20 por cento as chuvas sazonais nas bacias do Níger e do Lago Chade este ano, desencadeando uma catástrofe humanitária.

“Estes resultados são extremamente preocupantes”, disse Izidine Pinto, pesquisadora do Instituto Meteorológico Real da Holanda e uma das autoras do estudo.

Salientou que “períodos de fortes chuvas de verão” se tornaram o “novo normal” no Sudão, na Nigéria, no Níger, nos Camarões e no Chade.

“Com cada fracção de grau de aquecimento, o risco de inundações extremas continuará a aumentar”, acrescentou Pinto, apelando à cimeira climática COP29 das Nações Unidas para “acelerar a transição dos combustíveis fósseis” quando se reunir no Azerbaijão no próximo mês.

As inundações mataram cerca de 1.500 pessoas e deslocaram mais de um milhão na África Ocidental e Central este ano, segundo a agência de ajuda da ONU, OCHA. As chuvas também sobrecarregaram barragens na Nigéria e no Sudão.

Tais chuvas “poderão acontecer todos os anos” se as temperaturas globais aumentarem para 2 graus Celsius (3,6 graus Fahrenheit) acima dos níveis pré-industriais, alertou a WWA. Prevê que isso poderá acontecer já na década de 2050.

Os cientistas da rede concentraram-se no Sudão devastado pela guerra, onde milhões de pessoas deslocadas foram desenraizadas pelo conflito e levadas para áreas propensas a inundações.

Eles usaram modelos para analisar as tendências climáticas atuais, comparando-as com os padrões de um mundo sem aquecimento induzido pelo homem, descobrindo que períodos de chuvas intensas com duração de um mês em partes do Sudão se tornaram mais intensos como resultado provável das mudanças climáticas.

“África contribuiu com uma pequena quantidade de emissões de carbono a nível mundial, mas é a mais atingida por condições climáticas extremas”, disse Joyce Kimutai, investigadora do Centro de Política Ambiental do Imperial College, em Londres.

O papel das alterações climáticas nas cheias foi agravado por outros problemas causados ​​pelo homem, disseram os cientistas, apelando a uma melhor manutenção das barragens e ao investimento em sistemas de alerta precoce.

“Isto só vai piorar se continuarmos a queimar combustíveis fósseis”, disse Clair Barnes, do Centro de Política Ambiental.

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