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Possível terapia contra a demência frontotemporal

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Out 23, 2024
O fumarato de dimetila (DMF) pode reduzir significativamente a neurodegeneração e a inflamação cerebral

O fumarato de dimetila (DMF) pode reduzir significativamente a neurodegeneração e a inflamação cerebral em um modelo de camundongo com demência frontotemporal associada a TDP-43.

Um estudo liderado pela Universidade Autônoma de Madrid (UAM) revela que o reposicionamento da droga fumarato de dimetila reduz a degeneração neuronal em um modelo de camundongo com demência frontotemporal dependente de TDP-43. A descoberta abre a possibilidade de reutilizar um medicamento já aprovado para tratar uma doença neurodegenerativa sem cura, acelerando potencialmente o desenvolvimento de novas terapias para pacientes com demência.

Uma equipa de investigadores espanhóis descobriu que o fumarato de dimetilo (DMF), um medicamento já aprovado para a esclerose múltipla, pode reduzir significativamente a neurodegeneração e a inflamação cerebral num modelo de rato com demência frontotemporal associada ao TDP-43. Estas descobertas poderão abrir a porta a novos tratamentos para uma das principais causas de demência em pessoas com menos de 65 anos, que atualmente carece de terapias eficazes.

A equipe, liderada pela Dra. Isabel Lastres Becker da Universidade Autônoma de Madrid (UAM), em colaboração com pesquisadores da Universidade Complutense de Madrid (UCM) liderada pelo Dr. processo neurodegenerativo, marcadores inflamatórios, estresse oxidativo e acúmulo de TDP-43. Os resultados, publicados na revista Antioxidantesrevelam efeito protetor do DMF, mitigando danos cerebrais.

Este avanço destaca a importância de explorar as terapias existentes para acelerar o desenvolvimento de tratamentos eficazes para doenças neurodegenerativas.

Reposicionamento de medicamentos como alternativa terapêutica

A demência frontotemporal (DFT) é uma doença neurodegenerativa devastadora e sua associação com o acúmulo de TDP-43 no cérebro torna-a especialmente desafiadora para os pesquisadores. No entanto, o reposicionamento de medicamentos, como neste caso com o DMF, oferece uma via rápida e menos dispendiosa para novos tratamentos, por se tratarem de medicamentos cujo perfil de segurança já é conhecido.

“Os resultados positivos obtidos no modelo de ratinho sugerem que o fumarato de dimetilo pode ter um efeito terapêutico nesta forma de demência, melhorando a qualidade de vida das pessoas afetadas e aliviando a carga sobre as suas famílias e sistemas de saúde”, salientam os autores do estudo. Isto não só teria um impacto positivo nos pacientes, mas também reduziria a carga sobre as famílias e os sistemas de saúde, dado o impacto debilitante e os custos a longo prazo associados às doenças neurodegenerativas”.

Em suma, este trabalho – realizado por pesquisadores pertencentes ao Instituto de Pesquisa Biomédica “Sols-Moreale”, CIBERNED, Instituto de Pesquisa em Saúde La Paz (IdiPaz), Instituto Universitário de Pesquisa em Neuroquímica e Instituto de Pesquisa em Saúde Ramón y Cajal (IRYCIS) – destaca o potencial do DMF no tratamento da DFT. “No entanto, estes resultados ainda precisam de ser levados a ensaios clínicos em humanos para confirmar a sua eficácia e avançar no sentido de um tratamento viável para esta doença neurodegenerativa devastadora”, concluem os autores.

Referência bibliográfica:

Silva-Llanes I, Martín-Baquero R, Berrojo-Armisen A, Rodríguez-Cueto C, Fernández-Ruiz J, De Lago E, Lastres-Becker I. Efeito benéfico do reposicionamento de drogas de fumarato de dimetila em um modelo de camundongo de TDP-43- Demência Frontotemporal Dependente. Antioxidantes (Basileia) . 2024 set 2;13(9):1072.

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