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A proximidade como critério de vida – Observador Feijoada

ByEdgar Guerreiro

Out 25, 2024

Estou nas Filipinas, no Congresso Mundial de Empresários Cristãos, no momento em que termino a minha presidência deste movimento, depois de quatro anos de muito trabalho, de muitos desafios e de muita realização e felicidade.

Comecei em 2020, em plena pandemia, confrontado com uma enorme dificuldade em estar com o mundo, sem saber como e o que poderia fazer para levar a cabo o meu desafio.

Mas a vida está a sempre preparada para nos abrir novos caminhos e novas oportunidades e as viagens digitais tornaram-se uma alternativa à visita pessoal e tornou-se possível estar no mesmo dia na América Latina e nas Filipinas, na Europa e no sul do continente africano.

O mundo mudou!

Mas, ao mesmo tempo que se tornou muito mais fácil comunicar com os seus quatro cantos, também nos fomos dando conta de que a substituição do presencial pelo digital não é exatamente a mesma coisa que estar com o outro, não é o mesmo que ver o outro.

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Contudo, o ser humano é naturalmente comodista e, tendo descoberto que lhe é possível cumprir as suas obrigações sem ter de sair de casa, tornou-se muito avesso a voltar a viajar.

Antes do Covid a Associação Mundial de Empresários e Gestores Cristãos reunia duas vezes ao ano em plenário para poder trocar experiências, conhecimentos ou preparar projetos que incluam as diferentes geografias mundiais.

Esta associação, que está presente em 40 países e representa 45.000 associados, tem uma necessidade enorme de se juntar para poder realizar os seus propósitos de tornar a economia mundial mais humana e mais inclusiva, através da promoção da pessoa como o centro de toda a atividade económica.

A promoção de bons produtos e serviços, do bom trabalho e da boa riqueza, sempre focada no desenvolvimento de cada pessoa, a par da promoção do salário digno – um salário que permita a cada um ter os recursos para a sua vida diária, para suportar a educação dos seus descendentes, que permita ainda o investimento no seu desenvolvimento pessoal, profissional, cultural e social, a par da capacidade de ser participante nas decisões que afetem a sua vida.

E foi assim que, desde a primeira oportunidade em que abriram os voos após a pandemia, eu viajei a todos os países que pude para tentar que o digital não retirasse ao humano aquilo que nos é tão essencial e que nunca se pode transmitir pelo digital, o Amor.

Não há vida sem amor, não há sociedade humana que se desenvolva sem o amor.

Podemos ver-nos através de um ecrã, podemos ouvir a nossa voz chegar ao outro lado do mundo, mas não podemos nunca substituir estar presente se queremos amar alguém.

E eu senti isso mesmo em todas as visitas que fiz.

Senti que estavam comigo pessoas cheias de amor, cheias de vontade de fazer mudar um mundo que correu muito para a acumulação da riqueza e pouco para a sua distribuição, um mundo que é maravilhoso se colocarmos a pessoa primeiro.

Por isto estou em Manila, a terminar estes quatro anos maravilhosos de uma experiência que me deixou uma enorme gratidão a tanta gente que se esforça, muitas vezes contra as modas, em fazer do mundo o sítio em que queremos viver.

Um mundo humano, em que a pessoa, cada pessoa é fundamental.





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