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Portugal goleia Azerbaijão e ganha vantagem no primeiro playoff para o Europeu – Observador Feijoada

ByEdgar Guerreiro

Out 25, 2024

Não foi um caminho perfeito pelo empate sem golos na Bósnia, também não andou longe disso. Apesar da despromoção à Liga B da Liga das Nações na última edição, Portugal não caiu. Não caiu, não parou, não deu qualquer passo atrás ou em falso no que estava a ser um trajeto ascensional com presença em fases finais de dois Europeus e um Mundial e também não deu qualquer hipótese num grupo que tinha também Irlanda do Norte e Malta, ganhando cinco dos seis encontros com 14 golos marcados e apenas dois sofridos para ficar com o regresso à Liga A confirmado. Agora, seguia-se a segunda parte: a qualificação para o Europeu.

Até o sorteio “ajudou”. Apesar de haver cenários mais complicados, Portugal, atual 22.º do ranking mundial (21.º no final dos grupos da Liga das Nações, ficou com um caminho mais acessível na teoria para a terceira qualificação direta para a fase final de um Campeonato da Europa, jogando numa fase inicial com a equipa do Azerbaijão (79.ª que subiu a 75.ª da hierarquia) e, em caso de triunfo, com o vencedor do duelo entre a Bielorrússia (55.ª) e a Rep. Checa (28.ª). Em Baku, o maior adversário da Seleção seria mesmo a própria Seleção, tendo em conta a vantagem teórica frente a um conjunto com pouca expressão no futebol.

“É preciso saber o que fazer quando tivermos a bola e, no momento de perda, ter uma reação muito forte, muito agressiva e não permitir que o Azerbaijão tenha capacidade para ter posse. Será um dos segredos para estarmos sempre a controlar o jogo. Pressão? A pressão vem de dentro. Estabelecemos padrões a partir de 2017, quando garantimos o apuramento na Roménia. A partir daí, a exigência aumentou e quando participamos numa fase final, queremos sempre mais. Queremos muito mas há adversários que também querem e que fizeram um excelente percurso nos últimos anos. Temos de fazer o nosso trabalho. Será muito da predisposição das jogadoras para o desafio”, tinha projetado Francisco Neto no lançamento da partida da primeira mão. No bom e no mau, tudo o que o selecionador abordara fez diferença em campo.

O desafio que nunca foi propriamente um “desafio” começou com todas as cartas em cima da mesa – que é como quem diz, com Portugal acampado no meio-campo contrário e o Azerbaijão a não esboçar sequer uma tentativa de arriscar uma incursão até ao outro lado do terreno com bola controlada. Nem mesmo os golos faltaram para coroar esse domínio nacional, naquela que foi uma pecha em algumas das últimas partidas: Ana Capeta inaugurou o marcador na sequência de um cruzamento de Tatiana Pinto desviado pela guarda-redes Sharifova para a trave (6′), Tatiana Pinto aumentou a vantagem numa grande jogada coletiva de novo a passar pelos pés de Kika Nazareth que teve Ana Capeta a fazer a assistência para o remate na passada (10′). No melhor dos cenários otimistas, a Seleção tinha o jogo na mão a poder controlar como quisesse.

O ritmo teve depois tendência para abrandar um pouco sem que Portugal deixasse de fazer aquilo que trazia para Baku, com uma pressão alta que levava muitas vezes ao pontapé longo que ficava na linha de três atrás, uma aposta conseguida de Francisco Neto com Ana Borges, Carole Costa e Diana Gomes a darem margem para as subidas de Catarina Amado e Joana Marchão pelos corredores laterais. De bola corrida estava fácil, de bola parada ainda mais e foi dessa forma que chegou o 3-0 na sequência de um canto de Joana Marchão na direita para entrada de rompante de cabeça de Diana Gomes (26′), sendo que até ao intervalo ainda foi tempo para Sharifova se mostrar como a melhor jogadora azeri a evitar um resultado mais dilatado.

No segundo tempo, a entrada não foi a mesma e o “resultado” não demorou aparecer: numa das raríssimas vezes em que conseguiu levar bola até à área de Portugal, aproveitando a falha num corte de Ana Borges, o Azerbaijão reduziu por Parlak numa recarga após defesa de Inês Pereira (58′). O aviso estava dado, o aviso foi percebido e, apenas dois minutos depois, Telma Encarnação acertou no poste no lance que antecedeu as três primeiras mexidas com as entradas de Andreia Faria, Andreia Norton e Diana Silva. Portugal recuperou o domínio total da partida mesmo sem a fluência de jogo do primeiro tempo, criou várias oportunidades e chegou ao 4-1 nos derradeiros minutos com um desvio de Diana Silva na pequena área (89′). A passagem não está garantida mas pé e meio na fase seguinte é pouco perante tanta superioridade…

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