Era o duelo entre os dois principais candidatos ao título. O Benfica recebia o FC Porto no Pavilhão da Luz, no primeiro Clássico da temporada a contar para o Campeonato de basquetebol, e tanto encarnados como dragões poderiam desde logo cavar uma distância muito embrionária para o rival.
Ainda assim, e apesar de ser o primeiro Clássico do Campeonato, Benfica e FC Porto voltavam a defrontar-se depois da Supertaça, onde os dragões derrotaram os encarnados para conquistar o troféu. As duas equipas eram duas das quatro que chegavam a este fim de semana com duas vitórias em duas jornadas, a par de Oliveirense e Ovarense, mas traziam na bagagem sortes diferentes a nível europeu: o Benfica perdeu com os italianos do Derthona a meio da semana, na Liga dos Campeões, enquanto que o FC Porto venceu os húngaros do Szolnoki Olaj na Taça Europeia.
Douglas, um ex-NBA a decidir um jogo digno de NBA: FC Porto vence Benfica no prolongamento e conquista Supertaça
“Na Supertaça defendemos muito bem e tivemos uma excelente atitude, mas fomos muito pouco eficazes na hora de lançar ao cesto. Para ganhar ao FC Porto, a equipa terá de voltar a um registo normal em termos ofensivos. Queremos ganhar e convidamos os adeptos a apoiar”, disse Norberto Alves, o treinador dos encarnados, na antevisão. “Nestes jogos, ambas as equipas entram com o mesmo objetivo, que é vencer, seja qual for o momento, independentemente de vitórias anteriores, desgaste de viagens, falta de tempo de preparação ou outro fator”, explicou Fernando Sá, o técnico dos dragões.
O Benfica entrou com Tyler Stone, Diogo Gameiro, Trey Drechsel, Betinho Gomes e Nico Carvacho, enquanto que o FC Porto tinha Max Landis, Tanner Omlid, Xeyrius Williams, Toney Douglas e Phill Fayne no cinco inicial. Os primeiros instantes do Clássico trouxeram desde logo alguma tensão: Omlid atirou a bola contra Betinho, o jogador encarnado não gostou e foi pedir satisfações e gerou-se alguma confusão, com a equipa de arbitragem a sanar a situação ao assinalar uma falta antidesportiva para cada lado.
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O FC Porto começou melhor, chegando a ter uma vantagem de sete pontos na sequência na conversão de um de dois lançamentos livres por parte de Gonçalo Delgado. Norberto Alves pediu um timeout já perto do fim do primeiro período e acabou por potenciar a reação encarnada, que conseguiu encurtar a desvantagem para quatro pontos nos últimos minutos. No final do primeiro quarto, porém, os dragões venciam os encarnados e Phil Fayne evidenciava-se como a individualidade em destaque (15-19).
O Benfica entrou no segundo período a defender melhor, um dado que ajudava a equilibrar as ocorrências, e alavancou a recuperação numa exibição muito positiva de Tyler Stone. Foi através de um triplo do norte-americano que os encarnados conseguiram mesmo carimbar a reviravolta, alcançando a dianteira do marcador pela primeira vez no jogo, e Fernando Sá reagiu com um timeout. O FC Porto respondeu, reconquistando a vantagem graças a alguns erros técnicos do Benfica no ataque, e acabou mesmo por ir a ganhar para intervalo (33-36) já depois de Norberto Alves pedir o segundo timeout do jogo.
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O FC Porto começou o terceiro período com três triplos em quatro minutos, sendo que não tinha convertido nenhum durante os dois quartos anteriores. O Benfica parecia não ter capacidade para reagir à superioridade adversária que os dragões tinham trazido do balneário e a equipa de Fernando Sá chegou mesmo aos oito pontos de vantagem, a maior clivagem do encontro até então. Os encarnados conseguiram aproximar-se nos últimos minutos — muito graças a Eduardo Francisco, que fez um afundanço impressionante e depois converteu dois lances livres –, e levaram mesmo o Clássico empatado para os últimos 10 minutos (55-55).
O ímpeto que a equipa de Norberto Alves alcançou no final do terceiro período foi transportado para o quarto, onde os encarnados acabaram por embarcar na onda da tarde brilhante de Tyler Stone e já não deixaram fugir a vantagem. Depois de ter estado a perder durante muito tempo, o Benfica venceu o FC Porto no Pavilhão da Luz (82-77) e vingou-se da derrota na Supertaça, chegando aos três triunfos em três jornadas e cavando uma distância de dois pontos para os principais rivais.
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