Há cerca de 15 dias, Elon Musk comprometeu-se a sortear um milhão de dólares por dia a quem se registar para votar em Donald Trump nas eleições desta terça-feira. Contra a iniciativa, um procurador pediu uma providência cautelar para conseguir interromper o sorteio, mas o pedido foi agora negado pelo juiz Angelo Foglietta, do Tribunal de Justiça de Filadélfia.
A ideia de Musk de distribuir milhares de dólares a vários eleitores vai de vento em popa, estando o CEO da Tesla a preparar-se para anunciar o 18.º (e último) prémio apelidado de “super PAC pró-Donald Trump”. O procurador Larry Krasner tentou pôr fim a este processo que diz ser “uma das maiores burlas dos últimos 50 anos”.
Musk dá dois prémios a eleitores apesar de avisos judiciais
Mas o juiz Angelo Foglietta, do Tribunal de Justiça de Filadélfia, não o permitiu. A decisão foi tomada esta segunda-feira, após uma audiência de quase seis horas, na qual o advogado de Elon Musk disse que que os vencedores desta lotaria tinham sido pré-selecionados. Contudo, anteriormente Musk já tinha dito que tudo se tratava de uma iniciativa com base na aleatoriedade.
“Esta é uma oportunidade para ganhar. Não é uma possibilidade de ganhar”, disse o advogado de defesa de Musk, Andy Taylor. E argumentou ainda que acabar com o prémio seria uma violação da liberdade de expressão.
Elon Musk promete sortear um milhão de dólares por dia a quem se registar para votar (em Trump)
Já o advogado de Krasner, John Summers, alerta que “não há nada de aleatório neste processo”. “Foi um engano profundo, devastador e generalizado”, disse, acusando ainda Musk de “influenciar as eleições”. Segundo Summers, mesmo que a lotaria não fosse aleatória, continuava a ser ilegal ao abrigo da lei do Estado da Pensilvânia.
Tudo isto começou no passado dia 20 de outubro, quando o proprietário da rede social X assumiu o compromisso de dar até um milhão de dólares por dia (cerca de 924 mil euros) aleatoriamente até dia 5 de novembro. Apenas pessoas de sete estados podiam ter sorte: Arizona, Pensilvânia, Carolina do Norte, Geórgia, Michigan, Nevada e Wisconsin. Para que pudessem ganhar o prémio tinha de assinar uma petição a afirmar que apoiam a liberdade de expressão e o direito às armas.