O Ministério Público acusou Fernando Valente, o suspeito de matar Mónica Silva, a grávida desaparecida na Murtosa em outubro do ano passado, dos crimes de homicídio qualificado, aborto, profanação de cadáver, acesso ilegítimo e aquisição de moeda falsa para ser posta em circulação.
A notícia é avançada pelo Jornal de Notícias, que cita o despacho de acusação. No documento, indica-se que Fernando Valente e Mónica Silva mantiveram uma relação íntima durante cerca de um ano, que levou a que a vítima engravidasse. Terá sido quando soube que iria ser pai, aos sete meses de gravidez, que, segundo o Ministério Público, engendrou um plano com a intenção de “evitar que lhe viesse a ser imputada a paternidade” e que “beneficiassem do seu património”.
Segundo o Ministério Público, depois de fazer uma série de pesquisas para concretizar o seu plano, no dia 3 de outubro Fernando Valente terá matado a vítima no apartamento desta, na Torreira. Nos dias seguintes, desfez-se do corpo, “impedindo que fosse encontrado”, e usou o telemóvel da vítima para simular que esta ainda estaria viva.
Uma relação secreta, uma gravidez de pai incerto e o mistério do desaparecimento em Murtosa. Há dois meses que ninguém sabe de Mónica
Valente foi detido em novembro do ano passado e colocado em prisão preventiva. Em dezembro, a medida de coação foi revista e Fernando Valente passou a estar em prisão domiciliária.
Suspeito de homicídio de grávida da Murtosa passa para prisão domiciliária