“Esta noite, o povo dos Estados Unidos deu a Trump um mandado claro para a mudança”, escreveu Musk esta terça-feira. “O futuro vai ser fantástico”, lê-se numa outra publicação com uma fotografia do lançamento de um foguetão espacial.
Não é claro o papel que Elon Musk pode desempenhar com a vitória de Donald Trump, mas, na rede social X (antigo Twitter), o empresário partilhou um tweet de uma publicação onde se lê como legenda à fotografia com Trump e Joe Rogan: “CEO, CMO, CTO dos EUA” (siglas para Chief Executive Officer, Chief Marketing Officer e Chief Technology Officer).
Em setembro, o Wall Street Journal reportou que Trump tinha prometido a Musk um lugar no governo caso vencesse as eleições. Na altura, Musk reagiu no X dizendo estar “ansioso para servir a América se a oportunidade surgir”. “Não preciso de salário, nem de título, nem de reconhecimento”, escreveu.
Agora, o mesmo jornal avança que Musk deverá receber “um papel na auditoria das despesas e regulamentos federais numa administração Trump através de um Departamento de Eficiência Governamental” e que o CEO da Tesla “terá provavelmente um lugar à mesa onde muitas dessas decisões são tomadas, dando-lhe a oportunidade de adaptar a política aos seus próprios interesses financeiros”
Num artigo publicado esta quarta-feira, o diário avança que Elon Musk deverá sair largamente beneficiado com a vitória de Trump, já que as empresas de Musk, incluindo a Tesla e a SpaceX, são reguladas por várias agências federais. O jornal alerta para potenciais conflitos de interesse caso Musk se envolva ativamente numa comissão sobre despesas públicas. Recorda o WSJ que as empresas de Musk dependem de decisões governamentais, como “que foguetão utilizar para um lançamento espacial, quantos satélites permitir na órbita baixa da Terra, se os carros sem condutor podem circular nas autoestradas”, pode ler-se.
Pese embora as notícias da imprensa norte-americana e as declarações de Musk, na última semana, poucos dias antes das eleições, a 1 de novembro, Musk escreveu no X: “Para ser claro, nunca pedi nenhum favor a Donal Trump, nem ele me ofereceu nenhum.”