O FBI diz estar “ciente das mensagens de texto ofensivas e racistas enviadas a indivíduos em todo o país” e garante estar em “contacto com o Departamento de Justiça e outras autoridades federais sobre o assunto”, disse a agência, num comunicado divulgado quinta-feira. Já a porta-voz da campanha de Donald Trump, Karoline Leavitt demarcou-se das mensagens, garantindo que a “campanha [do candidato republicano] não tem absolutamente nada a ver com as mensagens” enviadas aos afro-americanos.
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O FBI e as autoridades policiais de diversos estados norte-americanos estão a investigar mensagens de teor racista que estão a ser enviadas para afro-americanos, convocando-os para fazerem trabalho escravo, nomeadamente na apanha do algodão, escreve o Washington Post.
Desde quarta-feira, o dia seguinte às eleições que deram a vitória a Trump, que as mensagens estão a ser enviadas para pessoas em pelo menos uma dúzia de estados (Maryland, Virgínia, Carolina do Norte, Louisiana, Nevada, Califórnia, Wisconsin, Ohio, Carolina do Sul, Michigan, Geórgia e Alabama) e também na capital federal Washington D.C, confirmam as autoridades.
A origem das mensagens é, para já, desconhecida. Os alvos preferenciais são estudantes universitários afro-americanos.
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Uma das mensagens, divulgada pelo Washington Post, diz o seguinte: “Parabéns! Foi selecionado para colher algodão na plantação mais próxima. Esteja pronto às 13h e leve os seus pertences. Os escravos executivos irão buscá-lo numa carrinha castanha. Esteja preparado para ser revistado assim que entrar na plantação. Está na plantação C”.