É a primeira pessoa a ocupar os dois cargos mais altos nos serviços de informação norte-americanos, ambos sob administrações Trump. O Presidente eleito anunciou John Ratcliffe, o seu anterior diretor nacional de informação, como o novo líder da Agência Central de Informação, a CIA, esta terça-feira num comunicado, citado pela imprensa norte-americana.
“John Ratcliffe sempre foi um guerreiro pela verdade e honestidade. Será um lutador destemido pelos direitos constitucionais dos americanos, enquanto garante altos níveis de segurança nacional e a paz através da força”, declarou Trump, justificando a sua escolha.
Ratcliffe começou o seu caminho político no Congresso, como representante do Texas, mas a sua entrada na comunidade de informação, para coordenar todas as agências norte-americanas na área, foi criticada, por alegada falta de experiência na área. Trump acabou por retirar a sua nomeação inicial, em 2019, mas, depois de ter dito que Ratcliffe tinha sido “tratado de forma injusta pelos media”, nomeou-o novamente em 2020, a oito meses de abandonar a Casa Branca. Até ocupar esse cargo, Ratcliffe era um crítico do FBI e do Departamento de Justiça.
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À data choveram críticas dos democratas. O líder da minoria azul no Senado, Chuck Schumer, classificou Ratcliffe como “um operacional profundamente partidário”, enquanto a speaker da Câmara dos Representantes, Nancy Pelosi, argumentou que ele “mostrou uma apreciação inaceitável por teorias da conspiração”.
Enquanto diretor dos serviços de informação, Ratcliffe criticou repetidamente as acusações de ligações entre a campanha de Trump em 2016, por ligações à Rússia, tendo tornado públicas informações não confirmadas sobre o caso, a poucos dias das eleições de 2020, ação que consolidou as críticas de partidarismo dos democratas mas valeram elogios de Trump por “ter exposto o falso conluio russo como uma operação da campanha de Clinton”. Ratcliffe opôs-se ainda a programas de vigilância no estrangeiro e insistiu nas investigações criminais contra Hunter Biden, filho do Presidente Biden, destaca o New York Times.
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A sua proximidade a Donald Trump remonta a 2019, ao primeiro processo de impeachment na Câmara dos Representantes, em que Ratcliffe fez parte da equipa consultiva de Trump e se destacou pelos seus duros inquéritos às testemunhas.