O objetivo era simples: garantir o apuramento para os quartos de final da Liga das Nações. Para alcançar tal feito, Portugal precisava apenas de empatar na receção à Polónia, mas o jogo não começou da melhor forma e os polacos foram aproveitando o espaço numa defesa remendada para atacar a baliza de Diogo Costa. Tiveram várias ocasiões, acertaram no ferro, mas não marcaram e o nulo ao intervalo era um mal menor. Na segunda metade, Roberto Martínez lançou Vitinha em campo e o jogo da equipa portuguesa mudou. O golo apareceu, surgiu outro, depois outro… e a contenda acabou em goleada, com um saldo de cinco golos em 24 minutos (5-1).
Roberto não adormeceu e o caminho para os quartos passou pela cabeça de Leão e acabou no triciclo do capitão (a crónica do Portugal-Polónia)
Desta forma, a Seleção Nacional assegurou o regresso à fase final da Liga das Nações depois de dois anos de ausência, embora esta edição tenha agora um novo formato e contemple oito equipas aos invés das anteriores quatro. Para além disso, Portugal garantiu o primeiro lugar do Grupo A1 e assegurou que vai defrontar um segundo classificado com direito ao fator casa na segunda mão dos quartos de final. Deste modo, Roberto Martínez voltou a apurar a equipas das quinas para uma fase final, depois de ter conseguido a presença no Campeonato da Europa, que terminou com a eliminação nos quartos de final, ante França.
Para o selecionador nacional, o jogo teve “duas partes distintas” e o primeiro tempo foi “mau”. “Na primeira parte perdemos o foco, tivemos muita frustração, mas a segunda parte foi do melhor que vi da nossa equipa, com foco e qualidade em tudo o que fizemos. Não é fácil tentar ganhar todos os jogos e marcar cinco golos. Ganhar diante dos nossos adeptos foi muito especial. Vitinha? Foi uma situação geral. Tínhamos três jogadores com cartões amarelos e era importante evitar uma situação pior. O Vitinha entrou e teve um desempenho muito bom, mas a diferença entre a primeira e a segunda parte não foi um jogador”, começou por dizer Martínez na zona de entrevistas rápidas da RTP e SportTV.
É a 8.ª vez na história da ????????Seleção que a ‘equipa das quinas’ marca 5+ golos numa 2.ª parte de um jogo:
24 Polónia, UNL
23 Luxemburgo, EU Q)
20 Andorra, Amigável
01 Chipre, Mundial (Q)
99 Liechtenstein, EU (Q)
99 Azerbaijão, EU (Q)
94 Liechtenstein, EU (Q)
61 Luxemburgo, EU (Q) pic.twitter.com/GcUQU3F0mo— Playmaker (@playmaker_PT) November 15, 2024
Posteriormente, o técnico acabou por explicar que houve uma “mudança de mentalidade” e de “inteligência”. “Ajuda quando temos jogadores como o Vitinha, que podem dar pausa e controlo ao jogo, mas o João Neves fez uma primeira parte ao nível dos outros. Não gosto quando jogamos com frustração. O árbitro tem um trabalho a fazer, mas temos de focar no ritmo do jogo, no que podemos fazer com bola. Procurei mudar o foco do que foi a primeira parte, que foi muito má para os nossos níveis. Querer ganhar é bom, mas saber como ganhar é importante”, acrescentou.
Quanto ao apuramento, Martínez apelidou o feito de “muito importante”, já que, “mesmo com jogadores novos, a equipa joga no mesmo nível”. Sobre o bis de Cristiano Ronaldo, o selecionador disse que “é importante” devido ao “compromisso que tem demonstrado durante todos os treinos” e assegurou que vão acontecer mudanças diante da Croácia, à semelhança do que tem feito nos outros estágios: “Trocámos quatro jogadores no primeiro estágio, no segundo trocámos seis e agora, em novembro, o plano é continuar. O objetivo final é chegarmos ao nosso melhor nível na fase final do Mundial [em 2026]”, completou.