Os jogos entre Inter e Juventus são conhecidos como os “Dérbis de Itália”, os encontros entre o AC Milan e a Juventus são os mais antigos e com mais edições na Serie A. Nápoles, Atalanta e Fiorentina até podem ter começado a 13.ª jornada no pódio da Serie A mas os três conjuntos do norte do país continuam a ser vistos como os favoritos ao título por razões diferentes: o Inter por mostrar o plantel com mais soluções, a Juventus por não ter perdido ainda no Campeonato nesta nova era com Thiago Motta, o AC Milan por dar sempre boas respostas nos jogos grandes como aconteceu no dérbi de Milão ou na deslocação ao Santiago Bernabéu para defrontar o Real Madrid. Questão? Agora, uma dessas premissas iria “cair” no mítico San Siro.
“Não é um jogo decisivo mas é importante, como todos eles. Não posso dizer que o jogo contra a Juve é mais importante do que o próximo contra o Empoli, porque precisamos de vitórias consecutivas. É um jogo diferente mas penso sempre positivo. Somos o AC Milan, temos muito respeito pela Juventus mas não temos medo. Estamos aqui prontos para ganhar. Ausência de Vlahovic? A Juve sabe adaptar-se muito bem. Não sei se Weah vai jogar, ele é muito rápido e ataca em profundidade, não é como Vlahovic. Não vai ser a mesma coisa, claro. Teremos de prestar atenção aos movimentos em profundidade e menos ao trabalho de apoio, porque ele é um jogador que faz menos esse trabalho”, apontara Paulo Fonseca antes do jogo.
Com Pulisic em dúvida até à hora do jogo após ter falhado os últimos dois treinos, o técnico português tinha a estratégia preparada a contar muito com outro português. “A Juventus defende melhor do que o Real. Vai ser fundamental ter o Leão e o Morata na sua melhor forma, são jogadores que podem fazer a diferença. Vejo-os muito bem, muito motivados e espero que o possam mostrar”, salientara, recordando o momento em que o internacional português deixou o AC Milan para se juntar à Seleção com uma assistência no triunfo por 3-1 com o Real Madrid na Champions e um bis no empate fora diante do Cagliari na Serie A.
O encontro não teve propriamente muitas oportunidades ou lances de perigo. Com a Juventus a prescindir de ter uma unidade mais fixa na frente para apostar na mobilidade, Yildiz ainda teve um remate forte ao lado da baliza de Maignan (22′) mas a primeira parte terminaria com o nulo a ser um desfecho lógico para o que se passou. Algo teria de mudar no segundo tempo mas nem por isso o encaixe tático foi desfeito, com todas as principais individualidades a ficarem perdidas num jogo onde imperou a vertente coletiva até ao 0-0.
No final, quase como espelho do que se passou em campo, ouviu-se uma enorme assobiadela das bancadas enquanto Paulo Fonseca e Thiago Motta se cumprimentavam. O AC Milan somou novo encontro grande sem perder, a Juventus continua sem derrotas na Serie A (sete empates e seis triunfos), ninguém saiu a sorrir de um encontro que sobretudo atrasou as duas equipas na perseguição às equipas da frente.