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FC Porto não perdia três jogos seguidos há 16 anos – Observador Feijoada

ByEdgar Guerreiro

Nov 24, 2024

O jogo servia de afirmação. Acabou em desilusão. O dia até começou bem para as hostes azuis e brancas, com a vitória empolgante sobre o rival Benfica no hóquei em patins. O presidente André Villas-Boas foi um dos nomes que esteve presente nesse jogo, seguindo depois para a partida da Taça de Portugal, que se seguia às derrotas diante da Lazio (2-1) e Benfica (4-1). Em Moreira de Cónegos, o FC Porto voltou a mostrar fragilidades na defesa e no ataque e, mesmo depois de ter começado a ganhar, acabou eliminado de uma competição que conquistou nos últimos três anos (2-1).

A derrota acabou por espelhar aquilo que se passou na partida deste domingo e nas últimas duas semanas. Depois dos desaires na Liga Europa e no Campeonato Nacional, a pausa para as seleções veio baralhar as contas de Vítor Bruno que, mesmo com parte do plantel de fora, não mostrou sinais de evolução frente ao Moreirense. A contestação, que já tinha ficado patente nas últimas semanas, subiu de tom no final da partida e nem a forte chuva demoveu os adeptos.

Não houve gigante, mas o dragão tombou e ficou a ver a Taça aos quadradinhos (a crónica do Moreirense-FC Porto)

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Ainda durante a partida e numa fase em que o jogo se encontrava empatado e, naturalmente, em aberto, surgiram as primeiras tarjas na bancada destinada aos adeptos portistas. “Esta é a nossa condição: raça, luta, união. Honrar o FC Porto é a nossa tradição”, lia-se na mensagem. O golo de Alanzinho, a pouco mais de dez minutos do fim do tempo regulamentar, acabou por revelar a ira dos adeptos, que começaram desde logo a assobiar e a pedir a demissão do treinador.

Já depois de Tiago Martins ter terminado o encontro, a contestação voltou a subir de tom, num cenário pouco visto nos últimos anos. Inicialmente a equipa e o treinador permaneceram longe dos adeptos, mas o mote acabou por ser dado por Vítor Bruno, que se aproximou da bancada e deu a cara à massa associativa.

Pouco depois e numa fase em que o plantel já estava a abandonar o relvado, Alan Varela esteve à conversa com os adeptos durante cerca de três minutos. Fábio Vieira, Diogo Costa, Pepê, André Franco, Zé Pedro e Samu — estes dois não conseguiram conter as lágrimas — foram os últimos a deixar o terreno de jogo e saíram aplaudidos pelos adeptos.

Com este desaire e a eliminação na quarta eliminatória — a segunda com clubes da Primeira Liga —, o FC Porto terminou um ciclo de sete temporadas consecutivas a chegar, pelo menos, às meias-finais da Taça de Portugal. Curiosamente a última saída precoce da competição também tinha acontecido na quarta ronda (2016/17, frente ao Desp. Chaves).

Para além disso, a equipa que dominou a prova nos últimos anos viu caírem uma série de registos: 22 vitórias consecutivas, não perdia desde março de 2021 (contra o Sp. Braga) e não caía fora do Dragão desde 2018 (ante o Sporting).

Depois de perder pela terceira vez consecutiva, Vítor Bruno soma ainda outro registo negativo, já que os dragões não somavam tantas derrotas seguidas desde 2008/09, época em que perderam com Dínamo Kiev, Leixões e Naval.

O cenário é particularmente desolador se olharmos para o registo fora de casa, onde a formação portista somou mais derrotas do que vitórias — cinco contra quatro. Curiosamente, o encontro frente ao Anderlecht, na quinta-feira, também será disputado fora de portas.

“É um momento, as equipas têm ciclos e são três derrotas. Sou o principal responsável. Não fujo à responsabilidade, encaro as pessoas de frente e não fujo. Tenho a plena consciência daquilo que faço e dou tudo aquilo que posso dar. As coisas neste momento não estão bem, mas temos de seguir. Andamento. Temos de atacar o jogo de quinta-feira. Este objetivo caiu, mas quinta-feira temos outro. Temos de dar uma resposta rápida e marcar rapidamente uma posição forte”, assumiu Vítor Bruno na flash-interview.





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