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Milhões de euros em máscaras e as ligações a Portugal. Nove respostas sobre “Koldo”, o caso que mancha a imagem do governo de Sánchez – Observador Feijoada

ByEdgar Guerreiro

Nov 26, 2024

Em resposta a estas críticas, Pedro Sánchez classificou Víctor de Aldama como uma “personagem”. “No que diz respeito a mim e ao governo, tudo o que disse este senhor é categoricamente falso”, reforçou o chefe do governo espanhol, assegurando que executivo que lidera está “limpo”. O PSOE está agora a preparar um processo em tribunal contra o empresário.

Porém, Aldama, que saiu da prisão por ter colaborado com as autoridades no seu testemunho no caso Koldo, ripostou contra as acusações de Pedro Sánchez. “Vai ter provas de tudo o que eu disse”, disse aos jornalistas o empresário no momento em que abandonava a prisão onde estava. “Chamou-me ‘deliquente’ e ‘personagem’. Este senhor [Pedro Sánchez] tem de saber que ele é um mitómano e tem Alzheimer. Quando lhe perguntaram duas vezes se me conhecia, não respondeu”, criticou ainda.

Perante esta troca de acusações, o líder do Partido Popular, Alberto Núñez Feijóo, anunciou que estaria disposto a apresentar uma moção de censura contra o governo de Pedro Sánchez, caso algum dos parceiros do PSOE decidisse deixar cair o governo. No entanto, a decisão não deverá ir avante, ainda que os populares vão continuar a explorar o tema para debilitar ainda mais o executivo.

Alberto Núñez Feijóo notou que já há “algum tempo que a corrupção tocava no coração do governo, do PSOE e do próprio” Pedro Sánchez. “Já não há dúvidas de que tínhamos razão. Estamos diante do ‘caso Sánchez’ e, perante isso, há que atuar”, enfatizou o presidente do Partido Popular, lembrando ainda o caso de corrupção em que estará envolvida Begoña Gómez, mulher do chefe do governo espanhol. “É evidente que o senhor Sánchez não veio servir [a nação], mas antes veio servir-se.”

Por seu turno, Isabel Díaz Ayuso ainda foi mais longe. “É imprescindível a demissão em bloco deste governo. É urgente”, atirou a presidente da comunidade de Madrid, antevendo: “Ainda falta muitíssimo para ver. Veremos quantos dias vai demorar Sánchez para ver como volta a arranjar uma nova estratégia para atacar juízes, procuradores, políticos e todos aqueles que estão a fazer o seu trabalho”.

Begoñagate. As investigações da Justiça à mulher de Pedro Sánchez que desgastam a imagem do governo espanhol

No seu interrogatório, Aldama levantou um assunto periférico ao caso, mas também potencialmente grave para Sánchez. Antes da compra da pandemia e dos contratos para a compra de máscaras, garantiu, houve um polémico encontro no aeroporto de Barajas, em Madrid, em que esteve presente Delcy Rodríguez, vice-presidente da Venezuela e figura próxima do Presidente Nicolás Maduro. Mas havia um grande problema: a responsável política venezuelana não podia entrar no espaço Schengen (nem sobrevoá-lo), por ser alvo de sanções pela União Europeia.

No entanto, Delcy Rodríguez aterrou em Espanha. A vice-presidente venezuelana era próxima de Victor de Aldama, que terá combinado a viagem com Koldo García e que recebeu também o aval de José Luis Ábalos. Segundo o testemunho do empresário, Pedro Sánchez e todo o governo espanhol tiveram conhecimento da viagem de uma das aliadas de Nicolás Maduro, apesar de a União Europeia o proibir.

A chegada da vice-presidente da Venezuela tinha um objetivo: a venda ilegal de ouro venezuelano, segundo apurou o Ministério Público. Em concreto, na visita de Delcy Rodríguez a Espanha, seriam vendidas 104 barras de ouro — avaliadas em 68,5 milhões de euros — a uma empresa espanhola.





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