Pouca margem de erro, muita pressão, a obrigatoriedade do apuramento. Bayern Munique e PSG defrontavam-se esta terça-feira na Alemanha, na quinta jornada da Liga dos Campeões, com a certeza de que o resultado final poderia tornar-se decisivo para qualquer uma das equipas — já que nem alemães nem franceses andam propriamente a fazer um brilharete na competição europeia.
De um lado, o Bayern Munique recebia os franceses depois de duas vitórias e duas derrotas, com apenas seis pontos, surgindo na zona de apuramento para o playoff de acesso aos oitavos de final. A equipa de Vincent Kompany tem estado em bom plano na Bundesliga, com nove triunfos em 11 jornadas e a liderança isolada à frente do Eintracht Frankfurt, mas os bons resultados não têm tido eco a nível europeu. Até porque as vitórias contra Dínamo Zagreb e Benfica não mascaravam as derrotas contra Aston Villa e Barcelona.
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Do outro lado, o PSG visitava os alemães depois uma vitória, um empate e duas derrotas, com apenas quatro pontos, surgindo em zona de eliminação imediata. A equipa de Luis Enrique está na liderança da Ligue 1, com dez triunfos em 12 jornadas e aproveitando os deslizes de Mónaco e Marselha, mas a prestação europeia tem ficado obviamente aquém das expectativas. Até porque as derrotas contra Arsenal e Atl. Madrid, para além do empate com o PSV, só espelhavam as fragilidades defensivas de um grupo que parece sempre prometer mais do que concretiza.
Assim, naquela que era a reedição da final de 2020 — que na altura sorriu ao Bayern Munique, no Estádio da Luz, graças a um golo solitário de Kinsgley Coman –, Vincent Kompany deixava Raphael Guerreiro no banco e lançava Konrad Laimer na esquerda da defesa, com Sané, Musiala e Coman a surgirem no apoio a Harry Kane. Já Luis Enrique apostava em Barcola e Dembélé no ataque, com Vitinha, João Neves e Nuno Mendes a serem todos titulares, e Gonçalo Ramos surgia na ficha de jogo pela primeira vez desde agosto.
Deixaram o Kim Min-Jae sozinho ????
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Os alemães abriram o marcador na ponta final da primeira parte por intermédio de Kim Min-jae, que aproveitou uma defesa incompleta de Safonov depois de um canto na esquerda para cabecear certeiro (38′). Coman poderia ter aumentado a vantagem logo depois, com um chapéu por cima do guarda-redes que aterrou na rede superior da baliza (41′), e o Bayern foi para o intervalo a vencer o PSG de forma justa e clara, já que foi sempre a melhor equipa em campo.
Com apenas dez minutos volvidos no segundo tempo, tudo ficou ainda pior para os franceses. Dembélé fez falta sobre Coman, viu o segundo cartão amarelo e foi expulso, deixando o PSG reduzido a dez elementos com mais de meia-hora por disputar — e uma montanha ainda mais complexa para escalar. Luis Enrique reagiu com uma substituição, trocando Zaïre-Emery por Kang-in Lee, mas era o Bayern que continuava mais perto do segundo golo, com Musiala a rematar forte e muito pouco por cima da trave (62′).
Já pouco aconteceu até ao fim, numa segunda parte morna e muito incaracterística depois da expulsão de Dembélé, mas ainda houve tempo para a entrada de Gonçalo Ramos, que cumpriu os primeiros minutos depois da lesão que o afastou do início da temporada. O Bayern venceu o PSG em Munique e mantém-se em zona de apuramento para o playoff de acesso aos oitavos de final, deixando os franceses ainda mais afundados nos lugares de eliminação imediata.
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