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“Numa semana de quatro dias pode haver pessoas que queiram monetizar” o dia livre – Observador Feijoada

ByEdgar Guerreiro

Dez 16, 2023

Pode parecer uma contradição, mas Pedro Gomes apressa-se a dizer que não o é. O economista escolhido pelo Governo para coordenar a implementação do projeto-piloto da semana de quatro dias no setor privado continuou a trabalhar cinco dias por semana durante a experiência. O contrato entre o IEFP e a Birkbeck, Universidade de Londres estabeleceu que a primeira entidade pagaria à segunda para que libertasse 20% do tempo do professor de forma a que pudesse dedicar-se ao projeto. O mesmo para Rita Fontinha, co-coordenadora, da Henley Business School.

“Não recebemos dinheiro, mas libertou-nos a nossa ‘sexta-feira’ — o nosso quinto dia para tentar mudar o mundo. Nada mau como uso do tempo livre”, diz Pedro Gomes, em entrevista ao Observador. Os resultados preliminares do projeto-piloto que arrancou oficialmente em junho já são conhecidos e apontam para melhorias nos níveis de ansiedade e stress, assim como na conciliação entre a vida familiar e profissional dos trabalhadores. Também houve quem tivesse aproveitado para se dedicar a uma segunda atividade, uma preocupação que tem sido manifestada por sindicatos em Portugal e não só — 15% dos cerca de 200 participantes que responderam ao inquérito já tinham um segundo emprego antes, mas metade desses 15% passou a dedicar-lhe mais tempo por ter o dia livre. Para o economista, isso não subverte o objetivo do modelo dos quatro dias, que “dá liberdade” aos trabalhadores para fazerem o que quiserem com o seu tempo.

Empresas fazem avaliação positiva da semana de 4 dias. Trabalhadores passaram mais tempo com a família, a estudar e a fazer exercício

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