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Marjane Satrapi e uma revolução em 25 textos – Observador Feijoada

ByEdgar Guerreiro

Dez 17, 2023

Mulher Vida Liberdade marca o aniversário da morte de Mahsa Amini, uma estudante iraniana que, a 16 de Setembro de 2022, foi espancada até à morte pela polícia religiosa em Teerão. O seu crime é um escândalo, de tão nada criminoso: Mahsa não usava o lenço que se impunha às mulheres pela República Islâmica. Aliás, até o usava, mas não o usava da forma exacta como era imposto. Foi o que bastou, tanto para ser levada, espancada e assassinada como para acordar facções de um país e a comunidade internacional. A violência foi tão descabida, o resultado foi tão trágico, que protestos eclodiram por todo o Irão, contando com solidariedade internacional.

Na altura do primeiro aniversário do acto, que marcou também o aniversário do início de um movimento político e social, Marjane Satrapi reuniu ilustradores para fazer esta edição. Mulher Vida Liberdade traz dezenas de histórias de dezenas de autores e ilustradores, reunindo nomes como, além do de Satrapi, o de Abbas Milani, historiador, de Farid Vahid, politólogo, e de Jean Pierre Perrin, jornalista.

O papel de Satrapi, autora de Persépolis (2000), nascida no Irão em 1969, foi o de coordenar a edição. O nome da autora, aqui coordenadora, não passa ao lado: além de Satrapi ter tratado da introdução e de ter trabalhado uma das histórias, tem peso simbólico por ter sido, no âmbito da publicação em romance gráfico, um fenómeno de exposição da vida do Irão a partir de 1979.

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