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Imprevisível Chega pode ser peça-chave no pós-eleições. Os recuos e avanços de Ventura sobre governo de direita – Observador Feijoada

ByEdgar Guerreiro

Dez 18, 2023

Depois da queda de um Governo com maioria absoluta que prometia estabilidade, o cenário governativo que sairá das próximas eleições legislativas pode tornar-se num quebra-cabeças em que o Chega se torna numa peça fundamental. As sondagens apontam para o crescimento exponencial do partido de André Ventura e pressupõem que o Chega pode mesmo ter nas mãos a viabilização de um governo minoritário, porém as respostas a essa questão são tudo menos concretas. No último ano, Ventura já sublinhou que sem membros do partido num governo do PSD não há fumo branco e também já assegurou que não manda “governos abaixo só porque sim”. Os avanços, recuos e as tentativas de esclarecimento acabam sempre em mais dúvidas e no dia 10 de março há apenas uma certeza: ninguém sabe o que fará o Chega com os votos que conquistar.

Ainda o Chega estava longe dos valores que as sondagens lhe dão atualmente e já André Ventura garantia que não iria haver um governo à direita sem o partido que lidera. “Nem que Cristo desça à Terra”, chegou a afirmar ao Observador em novembro de 2021. Mas a maioria absoluta do PS que saiu das eleições legislativas de 2022 facilitou o cenário pós-eleitoral — já que a direita não teve nem uma palavra a dizer e o caso do Chega ficou adiado para outra fase. A queda prematura do Governo de Costa voltou a colocar a discussão no centro da atualidade política, com os dirigentes do Chega a serem constantemente questionados sobre o que farão no dia seguinte.

Seja em conferências de imprensa, declarações ou entrevistas, André Ventura multiplica-se em respostas sobre o tema, com um sublinhar constante da tese de que “o Chega não tem de viabilizar nada” e de que a responsabilidade está do lado do PSD. Numa das entrevistas que deu após a demissão de António Costa, à TVI, o líder do partido conservador colocou o ónus do PSD ao explicar que se o Chega ganhasse seria o primeiro a ligar aos partidos de direita para propor uma solução.

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