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Carla Castro é tema encerrado, mas foi contestado internamente. “Má decisão”, “convite a sair” ou “perda irreparável” são as críticas – Observador Feijoada

ByEdgar Guerreiro

Dez 21, 2023

O afastamento de Carla Castro das listas de deputados da Iniciativa Liberal voltou a expor feridas internas do partido que Rui Rocha tem tido dificuldades em sarar. Menos de um ano depois de ter chegado à presidência, a crise política obrigou o líder do partido a tomar decisões para as eleições antecipadas e o nome de Carla Castro acabou atirado para um lugar não elegível. No Conselho Nacional, à porta fechada, Rocha mostrou-se confortável com a decisão, ao dizer que não trocaria nenhum dos quatro ou cinco primeiros lugares pela ainda deputada liberal. Mas houve conselheiros a votar contra as listas e vários justificaram a decisão com a postura da liderança relativamente a Carla Castro.

O nome de Carla Castro tornou-se incontornável dentro da Iniciativa Liberal quando se candidatou à presidência do partido e conquistou 44% dos votos. Poucos meses antes, tinha sido eleita deputada quando foi número dois nas listas por Lisboa, atrás do líder do então partido; quando a IL elegeu o primeiro deputado, João Cotrim Figueiredo, fazia parte equipa do gabinete parlamentar e chegou a ser a responsável pelo gabinete de estudos. A disputa pela liderança deu-lhe um mediatismo que não tinha, nem dentro nem fora do partido, e o afastamento gerou um descontentamento interno — que se vem a sentir desde a convenção interna e que atingiu um novo ponto com esta decisão.

No passado sábado, o Conselho Nacional da IL aprovou os nomes apresentados pela Comissão Executiva — as listas completas ainda não foram disponibilizadas, já que só tinham de ser apresentados 20% dos candidatos. À exceção da lista de Viseu, que ficou sem candidato à última hora (um caso que ainda está por resolver e que levou a críticas de vários conselheiros), os restantes nomes conseguiram 51 votos a favor, 11 votos contra e duas abstenções. E entre os votos contra há vários conselheiros que discordam da decisão relativamente a Carla Castro, nomeadamente por considerarem que o critério de meritocracia foi esquecido, que a proposta feita à deputada foi pouco razoável e que era momento de unir e não de afastar ainda mais.

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