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Os 120 primeiros-ministros de Portugal – Observador Feijoada

ByEdgar Guerreiro

Abr 2, 2024




Os 120 primeiros-ministros de Portugal – Observador























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O novo governo de Luís Montenegro tomou posse esta terça-feira, no Palácio da Ajuda. É o XXIV Governo Constitucional e o social-democrata é o 120º chefe de Governo em Portugal. Antes dele, foram dezenas as personalidades que se sentaram na cadeira de líder do Executivo. Da Monarquia Constitucional à Primeira República, passando pelo Estado Novo e pelo pós 25 de abril, saiba quem são os antecessores do novo primeiro-ministro.

Luís Montenegro
2024

Tomou posse a 2 de abril de 2024, após a Aliança Democrática (coligação entre PSD e CDS) ter obtido o maior número de votos e mandatos nas eleições de 10 de março. A 21 de março de 2024, Montenegro foi indigitado primeiro-ministro pelo Presidente Marcelo Rebelo de Sousa. A formação do seu governo foi aprovada a 28 de março de 2024.

António Costa
2015

Governou de 26 de novembro de 2015 a 2 de abril de 2024. O primeiro Governo de Costa, mesmo depois do PS ter perdido as eleições para o PSD/CDS, resultou da aliança entre partidos de esquerda – PS, BE, PCP e Os Verdes – conhecida como Geringonça. O segundo Executivo tomou posse a 26 de outubro de 2019 e foi marcado pela pandemia de Covid-19. BE e CDU acabaram por rejeitar o Orçamento para 2022, provocando eleições antecipadas em janeiro de 2022 – aquelas que deram origem à maioria absoluta que terminou a 7 de novembro de 2023, com a demissão de António Costa, devido ao processo Influencer.

Pedro Passos Coelho
2011

Governou de 21 de junho de 2011 a 26 de novembro de 2015. Conseguiu uma vitória histórica para o PSD, derrotando José Sócrates nas eleições de 2011, com o país sob as regras do empréstimo da Troika. Através de uma coligação com o CDS, conseguiu formar uma maioria de direita no Parlamento. Nas eleições legislativas de 2015, perdeu a maioria parlamentar apesar de ter conquistado o maior número de mandatos. Semanas depois viu a moção de rejeição contra o seu governo ser aprovada e renunciou ao cargo de primeiro-ministro.

José Sócrates
2005

Governou de 12 de março de 2005 a 21 de junho de 2011. Foi eleito líder do PS em 2004 e conduziu o partido à primeira maioria absoluta. O segundo governo de Sócrates perdeu essa maioria nas eleições de 2009. A 23 de março de 2011, apresentou a sua demissão a Cavaco Silva, após o Parlamento ter rejeitado um novo pacote de austeridade – seria o quarto num ano – e o seu governo ser obrigado a pedir ajuda à Troika. O país seguiu para eleições antecipadas.

Pedro Santana Lopes
2004

Governou de 17 de julho de 2004 a 12 de março de 2005, num curto Governo marcado por diversas polémicas. Quando Durão Barroso se demitiu para assumir a presidência da Comissão Europeia, Santana Lopes, como presidente do PSD, que liderava um governo de maioria parlamentar em coligação com o CDS, foi nomeado para ocupar o seu lugar como primeiro-ministro. Mas depois de uma sucessão de casos, em novembro de 2004, pouco mais de quatro meses após tomar posse, Jorge Sampaio usou a ‘bomba atómica’ e convocou eleições antecipadas.

Durão Barroso
2002

Governou de 6 de abril de 2002 a 17 de julho de 2004. As eleições parlamentares de 2002 deram ao PSD mandatos suficientes para formar um governo de coligação com o CDS-PP. No entanto, Durão acabou por não terminar a legislatura para rumar ao cargo de presidente da Comissão Europeia, em julho de 2004.

António Guterres
1995

Governou de 28 de outubro de 1995 a 6 de abril de 2002. Ocupou o cargo de primeiro-ministro depois de o PS vencer as eleições de 95, sendo indigitado por Mário Soares. Nas eleições de 1999, seria reeleito. Mas em dezembro de 2001, após uma derrota clamorosa do PS nas autárquicas, Guterres demitiu-se para, segundo a sua justificação, evitar que o país caísse num “pântano político”. Jorge Sampaio dissolveu o Parlamento e convocou eleições antecipadas.

Aníbal Cavaco Silva
1985

Governou com maioria relativa de 6 de novembro de 1985 a 31 de outubro de 1991, quando foi reeleito com maioria absoluta, governando até 28 de outubro de 1995 – ou seja, cerca de 10 anos. Conquistou, assim, o lugar do primeiro-ministro que mais tempo esteve na liderança do Governo do país desde o 25 de abril. António Costa esteve próximo de bater o recorde antes de se demitir, em novembro do ano passado.

Mário Soares
1983

Após a dissolução da Assembleia da República, em 1983, e na sequência de eleições que voltaram a dar a vitória ao PS, foi nomeado primeiro-ministro do IX Governo Constitucional, com base numa coligação de bloco central, entre o PS e PSD.

Francisco Pinto Balsemão
1981

Governou de 9 de janeiro de 1981 a 9 de junho de 1983. Na sequência da tragédia de Camarate, foi eleito presidente do PSD pelo Conselho Nacional e designado pelo partido para assumir o cargo de primeiro-ministro. A 9 de janeiro de 1981 tomou posse à frente do VII Governo. Assumiu uma agenda reformista marcada com a aprovação da revisão constitucional de 1982.

Diogo Freitas do Amaral
1980

Governou de 4 de dezembro de 1980 a 9 de janeiro de 1981 enquanto primeiro-ministro interino. Após a tragédia de Camarate, que vitimou o Primeiro-Ministro Francisco Sá Carneiro, cuja morte e dos que o acompanhavam lhe coube anunciar na televisão, assumiu funções como primeiro-ministro interino do mesmo Governo.

Francisco Sá Carneiro
1980

Governou de 3 de janeiro de 1980 a 4 de dezembro do mesmo ano, durante cerca de onze meses. Iniciou a carreira política em 1969 como deputado na Assembleia Nacional do Estado Novo. No pós 25 de abril, fundou e foi o primeiro secretário-geral do Partido Popular Democrático. Nas eleições de 1979, concorreu com uma coligação eleitoral de centro-direita, a Aliança Democrática, que obteve maioria absoluta. Morreu no exercício das funções, num acidente aéreo en Camarate, a 4 de dezembro de 1980.

Maria de Lurdes Pintassilgo
1979

Governou de 1 de agosto de 1979 a 3 de janeiro de 1980. Foi a única mulher que desempenhou o cargo de primeira-ministra em Portugal, tendo chefiado o V Governo provisório. Foi a segunda mulher a ocupar o cargo de primeira-ministra na Europa, dois meses depois de Margaret Thatcher tomar posse no Reino Unido.

Carlos Mota Pinto
1978

Governou de 22 de novembro de 1978 a 1 de agosto de 1979. Em 78, por iniciativa de Ramalho Eanes, tomou posse como primeiro-ministro do IV Governo. Antes tinha sido eleito deputado à Assembleia Constituinte a 25 de abril de 1975, e nomeado Presidente do Grupo Parlamentar do PPD a 17 maio de 1975.

Alfredo Nobre da Costa
1978

Governou entre 29 de agosto e 22 de novembro de 1978, num curto período de 85 dias. Quando a quebra do acordo parlamentar levou à demissão do primeiro-ministro Mário Soares, Nobre da Costa foi convidado pelo presidente Ramalho Eanes a chefiar um governo de iniciativa presidencial. Apresentou o programa do governo no Parlamento a 7 de setembro, rejeitado depois de cinco dias de debates. Demitido a 15 de setembro, Nobre da Costa manteve-se em gestão até à posse de Mota Pinto.

Mário Soares
1976

Governou de 23 de julho de 1976 a 28 de agosto de 1978 e de 1983 a 1985. Em consequência da vitória do PS nas primeiras eleições legislativas realizadas em 1976, foi nomeado primeiro-ministro do I Governo Constitucional, tendo também presidido ao II Governo em 1978.

Pinheiro de Azevedo
1975

Governou de 19 de setembro de 1975 a 23 de julho de 1976. O militar português conhecido como “Almirante sem Medo”, preparou as primeiras eleições que iriam determinar a composição da Assembleia da República.

Vasco Gonçalves
1974

Governou de 18 de julho de 1974 até 19 de setembro de 1975, durante um ano e dois meses. O militar e político português assumiu quatro vezes o lugar de primeiro-ministro após a Revolução, entre o segundo e quinto governos provisórios. Implementou medidas que levaram à nacionalização da banca e de empresas e defendeu a reforma agrária. Durante o Verão Quente de 1975 foi afastado do poder, não voltando ao exercício político depois disso.

Adelino da Palma Carlos
1974

Governou 56 dias, de 16 de maio de 1974 a 11 de julho do mesmo ano. A convite do Presidente da República, general António de Spínola, assumiu a chefia do primeiro Governo Provisório no pós 25 de Abril. Ligado aos meios republicanos desde os anos 20, defendeu em tribunal, enquanto advogado, militares e civis envolvidos em tentativas de golpe de estado contra a ditadura.

Marcello Caetano
1968

Governou de 27 de setembro de 1968 a 25 de abril de 1974. Após Salazar ficar impossibilitado de governar, Américo Tomás acabou por nomear Marcelo Caetano. Foi o último presidente do Conselho do Estado Novo e foi deposto pelo movimento militar de 1974.

António de Oliveira Salazar
1932

Governou de 5 de julho de 1932 a 27 de setembro de 1968, durante 35 anos. Fundou o regime do Estado Novo em 1933, um regime autoritário, de partido único, baseado na tríade “Deus, Pátria e Família”. Identificou o comunismo como principal inimigo, neutralizou a corrente monárquica, controlou o capitalismo e vincou uma ordem interna assente num aparelho de vigilância e de repressão através da PIDE. Foi com ele no pode que começaram também as guerras com as ex-colónias.

Domingos Oliveira
1930

Governou de 21 de janeiro de 1930 a 5 de julho de 1932, durante 896 dias. Após a estabilização da Ditadura Nacional, foi nomeado presidente do Ministério – função equivalente à de primeiro-ministro. O cargo de ministro das Finanças foi, durante esta governação, exercido por António de Oliveira Salazar. Promulgou o Ato Colonial, criando o conceito de Império Colonial Português e abolindo o regime dos altos-comissários da República nas colónias.

Artur Ivens Ferraz
1928

Governou de 8 de julho de 1928 a 21 de janeiro de 1930, num total de 562 dias. Foi presidente do Ministério (primeiro-ministro), liderando o quinto governo da ditadura. Acumulou interinamente diversas pastas, incluindo a Educação, os Negócios Estrangeiros, as Colónias e as Finanças. Foi chefe do Estado-Maior do Exército, cargo que manteve até à data da sua morte.

José Vicente de Freitas
1928

Governou de 18 de abril a 8 de julho de 1928, durante 81 dias. Salazar foi seu ministro das Finanças a partir de 27 de abril. Iniciou a sua carreira ministerial como ministro do Interior a 26 de agosto de 1927, no ministério presidido por Óscar Carmona. Manteve-se nesse cargo até 18 de abril de 1928, data em que assumiu a presidência do Ministério na sequência da eleição de Óscar Carmona para a presidência da República.

Óscar Carmona
1926

Governou de 9 de julho de 1926 a 18 de abril de 1928, durante cerca de dois anos. Em 1926 assumiu a liderança do movimento que derrubou a República. Faz-se eleger Presidente afastando, durante o processo, outros líderes militares, como Gomes da Costa. Criou condições para colocar no poder Oliveira Salazar, que integrou o primeiro governo pós 28 de maio, como ministro das Finanças. Acabou por morrer durante o desempenho de funções de Presidente, em 1951, cargo que ocupou durante mais de 20 anos.

Manuel Gomes da Costa
1926

Governou de 17 de junho a 9 de julho de 1926, durante exatamente 22 dias. O governo de Gomes da Costa durou tanto quanto o de Mendes Cabeçadas, porque foi derrubado por um novo golpe, a 9 de julho do mesmo ano. Esta contrarrevolução foi chefiada por João José Sinel de Cordes e Óscar Carmona, depois de Gomes da Costa tentar remover Carmona como ministro das relações exteriores.

José Mendes Cabeçadas
1926

Governou de 31 de maio a 17 de junho de 1926, durante 18 dias. As instituições republicanas foram derrubadas por uma sedição militar, iniciada em Braga por Gomes da Costa e coordenada em Lisboa por Mendes Cabeçadas, antigo revolucionário da Rotunda, ligado à União Liberal Republicana.

António Maria da Silva
1925

Governou de 18 de dezembro de 1925 a 29 de maio de 1926.

Domingos Pereira
1925

Governou de 1 de agosto de 1925 a 18 de dezembro do mesmo ano, na segunda vez que presidiu ao Governo.

António Maria da Silva
1925

Governou pela quarta vez de 2 de julho de a 1 de agosto de 1925.

Vitorino Guimarães
1925

Governou de 15 de fevereiro de 1925 a 1 de julho de 1925, durante pouco mais de quatro meses. O oficial do Exército Português foi líder parlamentar do Partido Republicano Português, tendo sido escolhido em 1911, mantendo-se até 1916 no cargo. Ocupou a pasta das Finanças em 1915, 1922 e 1923. Em 1922 foi ministro interino do Comércio e titular da Guerra em 1925. No culminar da sua carreira política, foi chefe de governo em 1925, ocupando a pasta das Finanças durante esse período.

José Domingues dos Santos
1924

Governou de 22 de novembro de 1924 a 15 de fevereiro de 1925. Este Governo tomou posse num ambiente em que era já clara a organização da direita em torno da chamada União dos Interesses Económicos. O Executivo de Domingues dos Santos,caiu menos de três meses após tomar posse, minado pelas cisões dentro do Partido Democrático.

Alfredo Rodrigues Gaspar
1924

Governou de 6 de julho a 22 de novembro de 1924, durante cerca de cinco meses. O oficial da Armada portuguesa conciliou a carreira política e ministerial e chegou ao cargo de chefe de governo, acumulando a pasta do Interior. Porém, não foi além de novembro desse ano, quando o seu Executivo foi derrubado. Além de deputado, foi presidente do Parlamento em 1926, ano do golpe de estado do 28 de maio.

Álvaro de Castro
1923

Governou de 18 de dezembro de 1923 a 6 de julho de 1924. Os reconstituintes de Álvaro de Castro e os antigos sidonistas,reconvertidos em Partido Nacional Republicano, uniram-se para fazer face à hegemonia do Partido Democrático, criando um novo partido – o Partido Republicano Nacionalista.

António Ginestal Machado
1923

Governou de 15 de novembro a 17 de dezembro de 1923. Ginestal Machado foi escolhido para formar governo, assumindo as funções de presidente do Ministério (hoje primeiro-ministro). Era um governo minoritário, que se manteria no poder por 33 dias. O curto período de governação foi marcado pela instabilidade política e pelos constantes golpes que marcaram a fase final da I República Portuguesa.

António Maria da Silva
1922

Governou de 6 de fevereiro de 1922 a 15 de novembro de 1923.

Francisco da Cunha Leal
1921

Governou de 16 de dezembro de 1921 a 6 de fevereiro de 1922, num total de 53 dias.
Membro do Partido Republicano Nacionalista, fundou a União Liberal Republicana em 1923. Apesar de ter apoiado o golpe de 28 de maio de 1926, incompatibilizou-se com Oliveira Salazar, transformando-se num dos primeiros opositores da primeira fase do regime do Estado Novo e um dos primeiros a propor uma solução política de autodeterminação para o então Império Colonial Português.

Carlos Maia Pinto
1921

Governou de 5 de novembro a 16 de dezembro de 1921 (41 dias). Mantendo-se na ala mais radical do movimento republicano, na sequência da “Noite Sangrenta” de outubro de 1921, o coronel Maia Pinto foi convidado a integrar o governo presidido por Manuel Maria Coelho. Ia ocupar a pasta das Colónias, mas não chegou a tomar posse. O governo então formado foi curto, durando apenas 18 dias. Com a queda do executivo, coube-lhe assumir funções de chefe do novo Executivo, que tomou posse a 5 de novembro.

Manuel Maria Coelho
1921

Governou de 19 de outubro a 5 de novembro de 1921, durante 17 dias. Foi chefe de Governo na sequência da revolta militar de 19 de outubro desse ano. O anterior chefe do Governo, António Granjo, apresentou a demissão, mas o Presidente da República, António José de Almeida, não nomeou um novo executivo.
Este Governo demitiu-se a 3 de novembro por temer uma intervenção estrangeira, falando-se até na chegada de navios de guerra ingleses, franceses e espanhóis.

António Granjo
1921

Governou de 30 de agosto a 19 de outubro de 1921, na segunda vez que ocupou a presidência do Governo.

Tomé de Barros Queirós
1921

Governou de 23 de maio de 1921 a 30 de agosto do mesmo ano, durante 99 dias. Aderiu ao republicanismo, tornando-se em 1888 militante do Partido Republicano Português, ascendendo a lugares cimeiros na direcção daquele partido. Mantendo-se na atividade política, já em período de queda da I República Portuguesa, quando a instabilidade política e os constantes golpes tornavam impossível a formação de executivos estáveis, voltou ao Governo como presidente do Ministério, acumulando as Finanças.

Bernardino Machado
1921

Governou pela segunda vez de 2 de março a 24 de maio de 1921. Iniciou a sua atividade política como monárquico mas depois aderiu ao Partido Republicano Português, ao qual presidiu. Em 1910, foi Ministro dos Negócios Estrangeiros do Governo Provisório Republicano. Depois de um mandato como chefe de Governo, em 1913, Bernardino Machado foi eleito Presidente da República entre 1915 e 1919, função que voltou a desempenhar em 1925. O golpe de maio de 1926 obrigou-o a renunciar ao cargo e a exilar-se entre 1927 e 1940.

Liberato Pinto
1920

Governou de 30 de novembro de 1920 a 2 de março de 1921. Com a intensificação da instabilidade política que marcou o fim da I República Portuguesa, a 29 de novembro de 1920 foi nomeado presidente do Ministério do Governo da República. A nomeação foi da iniciativa de António José de Almeida, então presidente da República, que aconselhou Liberato Pinto a formar um “governo de geral concentração republicana”. Enquanto liderava o Governo, comandava simultaneamente a Guarda Nacional Republicana.

Álvaro de Castro
1920

Governou de 20 a 30 de novembro de 1929, exatamente 10 dias. Os reconstituintes de Álvaro de Castro e os antigos sidonistas, reconvertidos em Partido Nacional Republicano, uniram-se para fazer face à hegemonia do Partido Democrático, criando um novo partido – o Partido Republicano Nacionalista. Castro viria a ser uma das suas proeminentes figuras e foi nessa posição que foi designado presidente do Ministério pela segunda vez, entre 18 de dezembro de 1923 a 6 de julho de 1924.

António Granjo
1920

Governou de 19 de julho até 20 de novembro de 1920. Foi advogado, deputado e administrador do concelho de Chaves. Em 1919 foi viver para Lisboa e participou na revolta de outubro de 1918 e na de janeiro de 1919. A partir desse ano enveredou por uma carreira política, vindo a ocupar o cargo de ministro da Justiça, ao mesmo tempo que exercia a função de diretor do jornal República. Ocupou vários cargos políticos, entre eles o de chefe de Governo. Faleceu na “noite sangrenta” de 19 de outubro de 1921.

António Maria da Silva
1920

Governou de 26 de junho a 19 de julho de 1920. Como membro do Partido Republicano e, depois, do Partido Democrático, foi deputado e várias vezes ministro e chefe do Governo. Encontrava-se no poder quando se deu o golpe de 28 de maio de 1926 – golpe de Estado protagonizado por militares e civis antiliberais que resultou na queda da Primeira República Portuguesa e na instauração da Segunda República.

José Ramos Preto
1920

Governou de 6 a 26 de junho de 1920. Na sequência da morte súbita do presidente do governo António Maria Baptista, a 3 de junho de 1920, ocorrida em pleno Conselho de Ministros, Ramos Preto foi escolhido para substituí-lo na presidência do ministério. Contudo, poucos dias depois, o governo de Ramos Preto foi obrigado a apresentar a demissão, depois de ficar envolto em polémica e críticas por aumentar os vencimentos dos membros dos gabinetes ministeriais.

António Maria Baptista
1920

Governou de 8 de março a 6 de junho de 1920. Militar português, nascido em 1866, distinguiu-se em confrontos com as forças de Gungunhana. Após a Implantação da República, durante a década de 1910, coube-lhe intervir, por mais de uma vez, para manter a ordem perante ameaças de levantamento no país. Foi ministro da Guerra em 1919 e chefe do Governo em 1920. Morreu nesse mesmo ano, no exercício do cargo, e foi substituído por Ramos Preto.

Domingos Pereira
1920

Governou de 21 de janeiro a 8 de março de 1920 na segunda vez que presidiu ao Governo.

Sá Cardoso
1919

Governou de 29 de junho de 1919 até 15 de janeiro de 1920. Alfredo Ernesto de Sá tinha sido membro do gabinete do ministro da guerra Correia Barreto em 1910. Seria depois ministro do Interior do governo de Álvaro de Castro em 1923. O seu executivo, o 17º governo republicano e o 3º governo pós-sidonista, manteve-se no poder 206 dias, cerca de sete meses.

Domingos Pereira
1919

Governou de 30 de março a 29 de junho de 1919. O político, jornalista e teólogo Domingos Leite Pereira começou a ser notado como ativista dos ideais republicanos. A sua vida política começou como autarca em Braga. Em 1911, foi deputado da Assembleia Nacional Constituinte, célebre pela promulgação da “Constituição de 1911”, conhecida pelo seu anticlericalismo e laicismo. Foi por três vezes chefe de Governo na I República: na segunda vez de 21 de janeiro a 8 de março de 1920 e na terceira em 1925.

José Relvas
1919

Governou de 27 de janeiro a 30 de março de 1919. José Mascarenhas Relvas preparou, em 1910, a opinião nacional e internacional para o movimento revolucionário que instaurou a República. No dia 5 de outubro, coube-lhe mesmo proclamar, da Câmara Municipal de Lisboa, a implantação da República. Foi membro do Governo por diversas vezes, incluindo de 27 de janeiro de 1919 a 30 de março de 1919, num total de cerca de dois meses.

Tamagnini Barbosa
1918

Governou de 23 de dezembro de 1918 até 30 de novembro de 1919. De 1917 a 1918, foi ministro das Colónias, cargo que deixou a 15 de maio para se tornar ministro do Interior até 8 de outubro e, seguidamente, ministro das Finanças até 23 de dezembro. A partir desta data ocupou o cargo de presidente do Governo, acumulando com o de ministro do Interior até ao ano seguinte, logo após o assassinato de Sidónio Pais.

João do Canto e Castro
1918

Assumiu a liderança do Governo português de 15 de dezembro de 1918 a 23 de dezembro do mesmo ano. Foi eleito deputado em 1908, no último Parlamento da Monarquia, dedicando-se especialmente à reorganização das Forças Navais.

Sidónio Pais
1917

Governou de 12 de dezembro de 1917 a 14 de dezembro de 1918. Após a declaração do estado de guerra entre a Alemanha e Portugal, participou na conspiração que virá a instaurar a “República Nova”, que, sob a sua direção, colocou no poder, em 1917, republicanos, descontentes, monárquicos e clericais. Acabou por morrer num atentado, em 1918.

Afonso da Costa
1917

Foi a última vez que governou.

António José de Almeida
1916

Governou de 16 de março de 1916 a 25 de abril de 1917, num total de 406 dias. Foi membro do Partido Republicano Português, eleito deputado em 1906. Porém, por conspirar contra a ditadura de Franco, acabou por ser preso, sendo apenas libertado após o regicídio (1908). Após a proclamação da República,foi nomeado Ministro do Interior do Governo Provisório. Em 1912 protagonizou uma cisão no Partido Republicano. Quatro anos depois chefiou um governo de coligação, entre republicanos e evolucionistas.

Afonso da Costa
1915

Governou de 30 de novembro de 1915 a 16 de março de 1916, na sua segunda passagem pela governação. Depois disso, assumiu mais uma vez o cargo de Chefe do Executivo, em 1917. Afonso Augusto da Costa entrou no Parlamento em 1900, iniciando assim a sua carreira política. Com a proclamação da República, assumiu a pasta da Justiça do Governo Provisório. Definiu uma parte significativa da estrutura legislativa da época da República parlamentarista.

José de Castro
1915

Governou de 29 de maio a 30 de novembro de 1915. Tornou-se chefe de governo na sequência da vitória de fações republicanas sobre o general Pimenta de Castro, que foi deposto por uma junta revolucionária e depois por João Pinheiro Chagas. Ribeiro de Castro foi chamado a presidir a um governo que durou até 19 de junho daquele ano. Nesse mesmo dia, constituiu um novo governo, que não passaria de 22 de julho seguinte, dia em que iniciou o seu ministério mais prolongado, que vingou até novembro.

Pimenta de Castro
1915

Governou de 25 de janeiro a 14 de maio de 1915. General e político português, Joaquim Pereira Pimenta de Castro comandou a 3.ª Região Militar, no Porto, cargo que desempenhava ao tempo da Implantação da República. Em 1911, foi ministro da Guerra. Quatro anos depois, num clima de instabilidade política e com o irromper da I Guerra Mundial, o Presidente da República apelou ao general para formar e dirigir um governo de unidade nacional que pacificasse e criasse condições de estabilidade ao país.

Vítor Hugo Azevedo Coutinho
1914

Governou de 12 de dezembro de 1914 a 25 de janeiro de 1915, durante pouco mais de 40 dias. Estudou na escola Naval, onde se formou como oficial da Marinha portuguesa. Paralelamente, desenvolveu uma carreira política que o conduziu ao exercício de cargos governativos durante a I República. Desempenhou as funções de chefe de governo com o país prestes a entrar na I Guerra Mundial, mergulhado numa crise inflacionista.

Bernardino Machado
1914

Governou de 9 de fevereiro a 12 de dezembro de 1914. Iniciou a sua atividade política como monárquico mas aderiu ao Partido Republicano Português, ao qual presidiu. Em 1910, foi Ministro dos Negócios Estrangeiros do Governo Provisório Republicano. Depois de um mandato como chefe de Governo, em 1913,foi eleito Presidente da República entre 1915 e 1919, função que voltou a desempenhar em 1925. O golpe de maio de 1926 obrigou-o a renunciar ao cargo e a exilar-se entre 1927 e 1940.

Afonso da Costa
1913

Governou pela primeira vez entre 9 de janeiro de 1913 a 9 de fevereiro de 1914. Depois disso, assumiu mais duas vezes os cargos de Chefe do Executivo, em 1916 e 1917. Entrou no Parlamento em 1900, iniciando assim a sua carreira política. Com a proclamação da República, assumiu a pasta da Justiça do Governo Provisório. Definiu uma parte significativa da estrutura legislativa da época da República parlamentarista.

Duarte Leite
1912

Governou de 16 de junho de 1912 até 9 de janeiro do ano seguinte. Popular pela sua conduta e erudição, Duarte Leite conseguiu uma governação que durou mais do que a média da Primeira República. Mais tarde, foi nomeado embaixador de Portugal no Brasil, cargo que ocupou até 1931. Nessa altura, escreveu vários livros históricos sobre os Descobrimentos.

Augusto de Vasconcelos Correia
1911

Governou de 12 de novembro de 1911 a 16 de junho de 1912. Liderou o terceiro Governo Republicano, num total de 7 meses. Enveredou pelo anticlericalismo, deixando ao rubro a política nacional com a polémica Lei de Separação do Estado e da Igreja.

João Pinheiro Chagas
1911

Governou de 4 de setembro até 13 de novembro de 1911. O político e jornalista fundou em 1892 o seu próprio jornal, República Portuguesa, que serviu como veículo de ataque e desmoralização da Monarquia. Esteve envolvido em várias conspirações com vista ao derrube do regime. Uma vez instaurada a República, foi embaixador em França, com intermitências, entre 1910 e 1923, e chefe de Governo em 1911, durante cerca de 70 dias.

Teófilo de Braga
1910

Assumiu o Governo Provisório de 5 de outubro de 1910 a 4 de setembro de 1911. Este executivo ficou encarregado de dirigir superiormente a Nação até que fosse aprovada uma nova Lei fundamental.

António Teixeira de Sousa
1910

Governou de 27 de junho de 1910 a 5 de outubro de 1910, durante 102 dias. Presidiu ao último governo da monarquia constitucional de Portugal, sendo deposto pela Revolução de 5 de Outubro de 1910.

Francisco da Veiga Beirão
1909

Governou de 22 de dezembro de 1909 a 26 de junho de 1910. De 1898 a 1900, Veiga Beirão foi ministro dos Negócios Estrangeiros. Depois chegou a presidente do Conselho de Ministros sem pasta atribuída.

Venceslau de Lima
1909

Governou de 14 de maio a 22 de dezembro de 1909. Foi nomeado para formar governo, presidindo a um dos últimos executivos do regime monárquico. Durante a sua efémera passagem pela presidência, acumulou as funções de ministro do Reino.

Sebastião Teles
1909

Governou de 11 de abril a 14 de maio de 1909. Mesmo num cenário claro de degradação da situação política, aceitou formar o 58.º governo da Monarquia Constitucional, acumulando o cargo de presidente do Conselho de Ministros com o de ministro da Guerra. O governo durou apenas 33 dias. A demissão do governo foi precipitada pelo “incidente Caeiro da Mata”, um dos mais bizarros da história parlamentar portuguesa, quando um deputado do Partido Regenerador se envolveu num duelo com um ex-ministro.

Artur de Campo Henriques
1908

Governou de 26 de dezembro de 1908 a 11 de abril de 1909. Assumiu as funções de ministro da Justiça no “Governo da Aclamação” presidido por Francisco Ferreira do Amaral, tendo, quando este caiu por falta de apoio parlamentar, sido convidado a ser Presidente do Conselho num governo supra-partidário entre regeneradores e progressistas, nomeado da iniciativa do rei D. Manuel II. Este novo Executivo duraria apenas 3 meses.

Francisco Ferreira do Amaral
1908

Governou de 4 de fevereiro a 25 de dezembro de 1908. Foi presidente do Conselho de Ministros, cargo equivalente ao de primeiro-ministro atual, num governo suprapartidário nomeado pelo rei D. Manuel II, na sequência do regicídio que custara a vida a D. Carlos I e ao seu filho Luís Filipe.

João Franco
1906

Governou de 19 de maio de 1906 a 4 de fevereiro de 1908, num total de 627 dias. O terceiro governo de Hintze Ribeiro caiu após apenas 57 dias no poder, e os regeneradores-liberais surgiram como alternativa. O novo ministério é composto por João Franco, Presidente do Conselho, com a pasta do Reino.

Ernesto Hintze Ribeiro
1906

Governou pela terceira vez de 20 de março a 19 de maio de 1906.

José Luciano
1904

Por decreto de 20 de outubro de 1904 foi nomeado para presidir ao Conselho de Ministros pela terceira e última vez, até 19 de março do mesmo ano. Voltou a ser nomeado por decreto de 27 de dezembro de 1905.

Ernesto Hintze Ribeiro
1900

Governou de 25 de junho de 1900 a 20 de outubro de 1904, durante cerca de quatro anos. Esta foi a segunda vez que assumiu a Presidência do Conselho de ministros em Portugal.

José Luciano
1897

Governou de 7 de fevereiro de 1897 a 25 de junho de 1900. Foi chamado pela segunda vez à chefia do governo.

Ernesto Hintze Ribeiro
1893

Governou de 22 de fevereiro de 1893 até 7 de fevereiro de 1897 (1446 dias). Em 1893, quando convidado para formar Governo, António de Serpa Pimentel declinou o convite e indicou Hintze Ribeiro para o lugar. Neste governo, além da presidência, encarregou-se também da pasta dos Estrangeiros. O seu mais conhecido colaborador foi o ministro do Reino, João Franco, dando azo a que o governo ficasse conhecido pelo “gabinete Hintze-Franco”. Voltou a governar de 26 de junho de 1900 a 20 de outubro de 1904 e ainda uma última vez – de 19 de março a 19 de maio de 1906.

José Dias Ferreira
1892

Governou de 17 de janeiro de 1892 a 23 de fevereiro de 1893, durante 404 dias. Promoveu as eleições de 23 de outubro de 1892. Após a queda do governo em janeiro de 1892, o rei D. Carlos resolveu chamar a formar governo José Dias Ferreira, um homem que, até então, não pertencia a nenhum dos partidos, mas que mantinha prestígio e uma notável influência parlamentar e junto da elite política e económica do país. Esta solução ficou conhecida como o governo da “aclamação partidária”.

João Crisóstomo
1890

Governou de 14 de outubro de 1890 a 17 de janeiro de 1892. O militar e político foi deputado, ministro e presidente do Conselho de Ministros durante a fase final da monarquia constitucional portuguesa. Após o ultimato britânico de 1890, e a demissão do governo de José Luciano de Castro, presidiu a um governo extrapartidário de unidade nacional que governou de 1890 a 1892.

António Serpa
1890

Governou de 14 de janeiro a 14 de outubro de 1890. Na sequência do ultimato britânico de 1890, que levou à queda do ministério progressista de José Luciano de Castro, Serpa foi encarregado de formar novo governo ao qual presidiu. Antes disso tinha sido ministro dos Negócios Estrangeiros e foi escolhido, após Fontes Pereira de Melo ter falecido, para liderar o Partido Regenerador.

José Luciano
1886

Governou de 20 de fevereiro de 1886 a 14 de janeiro de 1890, perfazendo quatro anos no poder, ultrapassando as expectativas de durabilidade governativa da época.

Fontes Pereira de Melo
1881

Governou pela terceira vez de 4 de novembro de 1881 a 20 de fevereiro de 1886, no 39º Governo da Monarquia Constitucional. Num governo que durou cerca de cinco anos.

António Rodrigues Sampaio
1881

Governou de 25 de março de 1881 a 20 de fevereiro de 1886, durante cerca de cinco anos. Foi chamado a organizar um gabinete ministerial, recebendo a presidência do conselho, acumulando com a pasta do Reino. Cessou funções quando Fontes Pereira de Melo o substituiu na presidência do ministério.

Anselmo José Braancamp
1879

Governou de 1 de junho de 1879 a 25 de março de 1881, durante 664 dias. A 29 de maio de 1879, na sequência de um escândalo financeiro envolvendo o ministro da Fazenda com o Banco Nacional Ultramarino, o segundo governo de Fontes Pereira de Melo caiu e o rei D. Luís designou Braamcamp como presidente do Conselho. O ministério progressista acabou por cair em menos de dois anos e Braamcamp voltou de novo à oposição, tendo morrido antes de voltar a colocar o seu partido no Poder.

Fontes Pereira de Melo
1878

Governou pela segunda vez de 29 de janeiro de 1878 a 1 de junho de 1879. Já tinha estado cinco anos e meio na liderança do Governo português durante a Monarquia Constitucional.

Duque de Ávila
1877

Governou de 5 de março de 1877 a 29 de janeiro de 1878. Entre outras funções, foi ministro das Finanças e liderou governos por três vezes (1868, 1870–1871 e 1877–1878). Em termos ideológicos, Ávila aproximou-se da facção mais conservadora dentro do liberalismo português – o cartismo – formando oposição ao governo progressista que tomou o poder em setembro de 1836.

Fontes Pereira de Melo
1871

Governou de 13 de setembro de 1871 a 5 de março de 1877, cerca de cinco anos e meio. O governo demitiu-se em 1877 com dificuldades nos debates parlamentares, sendo chamado Marquês de Ávila a constituir governo. Em 78, Fontes Pereira de Melo encabeçou um novo governo, ainda que fraco e em que o próprio reconheceu não ter condições para avançar – demitiu-se em 79. Em 1881, foi-lhe dada a presidência da Câmara dos Pares. No dia 11 de novembro desse ano, foi encarregado de organizar novo governo.

Duque de Ávila
1870

Governou de 29 de outubro de 1870 a 13 de setembro do ano seguinte. Entre outras funções, foi ministro das Finanças e liderou Governos por três vezes (1868, 1870–1871 e 1877–1878).

Sá da Bandeira
1870

Governou de 29 de agosto de 1870 a 29 de outubro do mesmo ano, na quarta vez que presidiu ao Governo português.

João Carlos de Saldanha Oliveira
1870

Governou de 19 de maio de 1870 a 29 de agosto do mesmo ano. Conhecido como Duque de Saldanha, destacou-se como chefe militar na sua participação nas guerras napoleónicas e nas lutas liberais. Retomou o cargo que tinha ocupado antes no 31º Governo da Monarquia Constitucional.

Duque de Loulé
1869

Governou de 11 de agosto de 1869 a 19 de maio de 1870. Na sua terceira vez a liderar o Conselho de Ministros em Portugal. Nuno José Severo de Mendonça Rolim de Moura Barreto chefiou vários ministérios – Negócios Estrangeiros, Marinha e Ultramar, Obras Públicas, Comércio e Indústria – acumulando a Presidência do Conselho com alguns desses cargos ministeriais.

Sá da Bandeira
1868

Governou de 22 de julho de 1868 a 11 de agosto de 1869, na terceira vez que presidiu ao Governo português.

Duque de Ávila
1868

Governou de 4 de janeiro de 1868 a 22 de julho do mesmo ano, na sua curta estreia, de 201 dias, enquanto Presidente do Conselho de Ministros. Entre outras funções, foi ministro das Finanças e liderou governos por três vezes (1868, 1870–1871 e 1877–1878).

Joaquim António de Aguiar
1865

Governou de 4 de setembro de 1865 a 4 de janeiro de 1868.

Sá da Bandeira
1865

Governou de 17 de abril de 1865 a 4 de setembro de 1865, na terceira vez que presidiu ao Governo português.

Duque de Loulé
1860

Governou de 4 de julho de 1860 a 17 de abril de 1865. Na sua segunda vez a liderar o Conselho de Ministros em Portugal.

Joaquim António de Aguiar
1860

Governou de 1 de maio a 4 de julho de 1860.

António Noronha
1859

Governou de 16 de março de 1859 a 26 de abril de 1860, sendo esta a quarta vez que ocuparia o lugar.

Duque de Loulé
1856

Governou de 6 de junho de 1856 a 16 de março de 1859 na sua primeira vez a liderar o Conselho de Ministros em Portugal. Voltou a ocupar o cargo em 1860 por mais cinco anos e regressou em 1869 para um curto Governo.

João Carlos de Saldanha Oliveira
1851

Governou de 1 de maio de 1851 a 6 de junho de 1856.

António Noronha
1851

Governou de 26 de abril de 1851 a 1 de maio do mesmo ano, sendo esta a terceira vez que ocupou o lugar.

António Bernardo da Costa Cabral
1849

Governou de 18 de junho de 1849 a 27 de abril de 1851, num total de 683 dias. Cabral, de formação liberal, aderiu à causa constitucional nos primeiros embates entre liberais e absolutistas, sofrendo as consequências da reação miguelista, obrigando-o, após a Belfastada (episódio da revolta do Porto de 1828 contra D. Miguel, na restauração do absolutismo), a exilar-se. Conseguiu refúgio na Galiza e daí passar para a Inglaterra e Bélgica. Governou o 4º e último governo da restauração da Carta.

João Carlos de Saldanha Oliveira
1846

Governou de 6 de outubro de 1846 a 28 de abril de 1847 e de 18 de dezembro de 1847 a 18 de junho de 1849.

Pedro de Sousa Holstein
1846

Governou de 20 de maio a 6 de outubro de 1846, no 15º Governo Constitucional. Foi a terceira vez que Pedro de Sousa Holstein assumiu o cargo da presidência do Conselho de Ministros.

António Noronha
1842

Governou de 9 de fevereiro de 1824 a 20 de maio de 1846, durante mais de quatro anos, naquele que foi o 14º Governo Constitucional.

Pedro de Sousa Holstein
1842

Governou de 7 de fevereiro de 1842 até 9 de fevereiro de 1842. O 13.º governo da Monarquia Constitucional, mais conhecido como Governo do Entrudo, foi o executivo presidido pelo Duque de Palmela que governou Portugal por 3 dias, por coincidência os dias em torno do Carnaval. Este governo foi formado no contexto da resistência à sublevação político-militar desencadeada a 27 de janeiro daquele ano sob a liderança de Costa Cabral e que levaria à restauração da Carta Constitucional da Monarquia Portuguesa.

Joaquim António de Aguiar
1841

Governou de 9 de junho de 1841 a 7 de fevereiro de 1842. António de Aguiar frequentou a Faculdade de Leis, doutorando-se em 1815 e esteve exilado entre 1828 e 1832. Após ter regressado, foi nomeado conselheiro do Supremo Tribunal de Justiça e, consecutivamente, ministro do Reino, da Justiça e primeiro-ministro. Este foi o 7º e último governo setembrista, derrubado na sequência do golpe de Costa Cabral de janeiro de 1842.

José Travassos Valdez
1839

Governou de 26 de novembro de 1839 a 9 de junho de 1841. Este governo assume-se como o ministério da transição, porque, a partir de então, a Constituição de 1838 passou a viver mais no domínio do direito do que dos factos. O Governo é, assim, essencialmente ordeiro e promoveu uma ampla substituição das chefias militares e diplomáticas, com cartistas que sucedem a setembristas. Surgia nesta altura uma nova definição de liberalismo, de cariz reformista.

Rodrigo Pinto Pizarro
1839

Governou de 18 de abril de 1839 a 26 de novembro de 1839, naquele que foi o quinto governo setembrista, ocupava-se igualmente das pastas da guerra, da marinha e dos estrangeiros. O governo, considerado o último criado exclusivamente com elementos do partido setembrista, pediu a demissão, depois de o governo britânico ter decidido controlar a navegação portuguesa ao sul do Equador, por causa do tráfico de escravos.

Sá da Bandeira
1837

Governou de 10 de agosto de 1837 a 18 de abril de 1839, na segunda vez que presidiu ao Governo português.

António Dias de Oliveira
1837

Governou de 2 de Junho de 1837 até 10 de agosto. Em plena crise política, António Dias de Oliveira foi nomeado ministro do Reino e ministro interino da Justiça. No dia seguinte foi encarregado de formar ministério, ascendendo a presidente do Conselho de Ministros, tendo governado até 10 de agosto, data em que foi exonerado e substituído por Bernardo de Sá Nogueira de Figueiredo. Durante o seu mandato ocorreu a Revolta dos Marechais, a sublevação militar fracassada contra o setembrismo.

Sá da Bandeira
1836

Governou de 5 de novembro de 1836 a 1 de junho de 1837, durante 208 dias. O líder do movimento setembrista em Portugal assumiu diversas pastas ministeriais e foi por cinco vezes presidente do Conselho de Ministros, além de presidente interino do Conselho de Ministros em substituição do Duque de Loulé (1862). Abandonou os setembristas para formar o seu próprio movimento, o Partido Reformista.

Conde de Lumiares
1836

Governou de 10 de setembro a 4 de novembro de 1836, durante menos de dois meses.
Era um antigo comandante do Corpo de Voluntários Nacionais e liderou o 6º Governo da Monarquia Constitucional. O novo gabinete reuniu as três principais figuras do setembrismo e, tal como virá a acontecer em 1974, os líderes do movimento instituíram um comando moderado ou gradualista a nível do aparelho governamental, ainda que obrigados a pactuar com o efetivo poder militar.

António Noronha
1836

Governou em 1836, durante 144 dias, no 5.º Governo Constitucional. O duque da Terceira começou por destacar-se como chefe militar, nas lutas liberais, ao serviço de D. Pedro. No novo regime, ocupou os mais altos cargos da administração do reino, participou em diversas missões diplomáticas e foi várias vezes nomeado presidente do Conselho de Ministros.

José Jorge Loureiro
1835

Governou durante 155 dias, de 18 de novembro de 1835 a 20 de abril de 1836. O Governo de José Jorge Loureiro ficou conhecido como ministério dos vândalos. Quando assumiu a presidência do Conselho de Ministrosntinha 44 anos. Descrito como um militar e burguês sem carreira política. O quarto Governo caiu quando não conseguiu ver aprovado o orçamento.

João Carlos de Saldanha Oliveira
1835

Governou durante pouco mais de cinco meses, de 27 de maio de 1835 até 18 de novembro de 1835. Foi o terceiro presidente do Conselho de Ministros da Monarquia Constitucional. Conhecido como duque de Saldanha, destacou-se como chefe militar na sua participação nas guerras napoleónicas e nas lutas liberais.

Vitório de Sousa Coutinho
1835

Governou durante 23 dias. Foi o segundo Presidente do Conselho de Ministros da Monarquia Constitucional e assumiu funções a 4 de maio de 1835, mesmo que apenas por três semanas. Natural de Turim, Itália, era filho de uma aristocrata italiana e do primeiro conde de Linhares. Antes de assumir a liderança do governo monárquico, fez parte da Câmara dos Pares do Reino, órgão em que a presença resultava da nomeação do rei e não de um direito hereditário. Em 1835 foi também ministro da Marinha.

Pedro de Sousa Holstein
1834

Governou de 24 de setembro de 1834 até 4 de maio de 1835, durante 246 dias. Pedro de Sousa Holstein, Duque de Palmela, liderou o primeiro Governo da Monarquia Liberal, após a Guerra Civil. Iniciou a sua carreira diplomática em 1802 e representou Portugal no Congresso de Viena, onde se reordenaram as fronteiras europeias.

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