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A longa cerimónia pop de Taylor Swift em Lisboa – Observador Feijoada

ByEdgar Guerreiro

Mai 25, 2024

Foi com um body brilhante que Taylor Swift surgiu inicialmente em palco, sempre ofuscando os quinze dançarinos com quem partilhou o palco ao longo da noite. Mas este foi apenas o fato inaugural de uma série de modelitos que desfilariam ao longo da noite, de designers como Roberto Cavalli, Vivienne Westwood ou Versace. Nos pés, a sola vermelha não deixou margem para dúvidas: é sobre sapatos Christian Louboutin que Swift percorrerá o palco nos próximos meses. O francês com casa na Comporta contou à versão norte-americana da revista Vogue que fez mais de 250 pares especialmente para a Eras Tour, 60 deles especificamente para a digressão europeia, que arrancou no início do mês em Paris, e seguiu viagem até Estocolmo, na Suécia, antes de aterrar em Portugal.

Não foi preciso muito para perceber que Taylor Swift tinha o público português conquistado à partida, já que foi com o mesmo fulgor e familiaridade que se ouviram os versos de hits como Style, Blank Space, Shake It Off, Wildest Dreams ou Bad Blood, ou de qualquer faixa de The Tortured Poets Department, apenas lançado no mês passado.

Para muitos fãs da artista norte-americana, marcar presença no Estádio da Luz com muitas horas de antecedência (alguns pernoitaram mesmo junto ao recinto) não foi garantia de um lugar na “linha da frente”, ou sequer de entrada no estádio a tempo de ver Paramore, banda de abertura que passou por Portugal há 13 anos no então designado Optimus Alive. Nas redes sociais, multiplicavam-se queixas sobre a organização na entrada para o espetáculo e já Hayley Williams havia entoado temas como That’s What You Get ou The Only Exception quando filas com centenas de metros ainda serpenteavam as imediações do estádio que virou sala de espetáculos. Observá-las implicava descobrir filhos que levaram os pais, mas também concluir que está longe da verdade a ideia de que apenas jovens adolescentes são “swifties” — nome porque se autodenominam os fãs da cantora e compositora.

“Sou fã daquela miúda. Pulava lá no meio mais do que jovem”, diz Wagner Oliveira, 50 anos, condutor de TVDE que transportava gente para o concerto, horas antes. Explica este brasileiro de Vitória, do estado do Espírito Santo, que não foi a tempo de assegurar um bilhete: “Gosto de tudo dela. É daquelas artistas que ela é um show. Consegue-me surpreender. Um artista é isso. Um artista tem que nos surpreender.”



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