Há robôs cada vez mais sofisticados, que surgem com as mais variadas formas e funcionalidades. Alguns dos mais avançados são concebidos pela Boston Dynamics, entretanto adquirida pela Hyundai, com os modelos mais conhecidos a assumirem a forma de humanóide ou de cães, sendo adquiridos tanto para fins civis como para militares. E os mais recentes exemplos chegam-nos pela mão da BMW e da China, que recorrem a robôs de quatro “patas”, mas para as finalidades mais distintas.
A BMW anunciou ter adquirido à Boston Dynamics um dos cães mecânicos, que denominou SpOTTO e que fez questão de colocar a trabalhar de imediato. O local escolhido para o canídeo eléctrico demonstrar o seu valor e compensar o construtor alemão do que pagou por ele foi a fábrica de motores em Hams Hall, no Reino Unido, de onde saem 400.000 motores anualmente para a BMW e Mini.
Hyundai aposta em microfábricas de automóveis. Mas com cães
O SpOTTO pode desempenhar uma série de funções, dependendo dos sensores e acessórios com que está equipado, sendo muito utilizado pelos militares, seja para “farejar” minas ou para detectar o inimigo sem expôr os soldados de carne e osso a potenciais emboscadas. Para a BMW, a utilidade é outra, estando programado para percorrer a fábrica 24 horas por dia, sem descanso e apenas com pequenos intervalos para recarregar a bateria. De caminho, recorrendo a câmaras de alta definição e a sensores térmicos e acústicos, detectará aquecimento excessivo em qualquer máquina da linha de produção, ou fugas de ar no circuito de ar comprimido, antecipando problemas e eventuais avarias que possam provocar paragens da linha de montagem.
Se a BMW quer evitar avarias e perdas de eficiência na produção, a China parece ter copiado o conceito do cão robótico da Boston Dynamics com um objectivo mais bélico. De acordo com a CNN, os militares chineses apuraram uma série de tecnologias que permitem ao cão robô, entre outras soluções, transportar uma arma sobre o dorso e dispará-la. A exibição deste cão assassino teve lugar no Camboja, tal como refere o vídeo da ABC7.
A arma em causa é uma espingarda metralhadora automática, com o robô de quatro patas a não sentir dificuldades em utilizar a câmara de vídeo para seleccionar o alvo e apontar-lhe a arma. Simultaneamente, este “parente” do SpOTTO revela a necessária estabilidade para disparar tiro-a-tiro ou em formato de rajada, sem que o “coice” da arma de guerra desequilibre o cão mecânico, ou desvie o tiro e o leve a falhar o alvo.