Jarett e Xander entraram no pub já com o jogo a decorrer e com um ar ofegante. Estiveram na zona centro de Munique até ao início do jogo e depois correram para o Shamrock. Porquê? “Queríamos ver o jogo em casa e já que não podemos estar no estádio, preferimos vir aqui”. E porque não no estádio? “Já não arranjámos bilhete, esgotaram”, diz Jarett, já com um ar meio perdido. Quantas cervejas já teria bebido? “Já não sei, sinceramente. Comecei a beber de manhã e agora vamos a mais uma ronda. Já perdi a conta”. Os jogadores da Escócia podem dizer a mesma frase, mas em relação ao jogo.
Mas havia quem estivesse pior do que Jarett e Xander. Aliás, vamos confessar: entrevistámos outro escocês, Callum McCartney, durante cerca de dois minutos. Desses, nem metade conseguimos transcrever, por culpa do álcool, mas também do carregado sotaque. Eis o que se conseguiu aproveitar: “Eu não consegui bilhetes porque eram muito caros, mas queria estar em Munique, por isso vim para aqui. Acho que ainda nos podemos qualificar, sou otimista”, disse (entre outras coisas que fariam Sir Alex Ferguson soar percetível).
Noutra mesa, com outros dois amigos escoceses — já fora de combate — estava Lewis. Quando falámos, a Alemanha já ganhava por 1-0 e aí, o otimismo escocês começou a virar: “Já estava à espera deste resultado, a Alemanha tem uma ótima equipa. Mas ainda acho que podemos qualifi…”. Golo da Alemanha. 2-0. Lewis interrompeu a frase e disse só isto: “It’s tough”. Foi duro.