O Ministério Público vai pedir um novo prazo para concluir a investigação do processo principal do caso EDP, iniciada em 2012, de forma a evitar usar provas que possam vir a ser declaradas nulas, avançou o Expresso.
Em causa está, segundo a Visão, as alegações da defesa de António Mexia e João Manso Neto que, após um despacho do juiz de instrução Nuno Dias Costa que ordenou a destruição de emails apreendidos sem autorização judicial, fez um requerimento ao juiz no qual considera que esta decisão contaminou outra prova recolhida durante a investigação.
O prazo para concluir a investigação, que terminava a 1 de julho, foi também adiado em abril deste ano depois de a Procuradoria-Geral da República ter dado mais 60 dias.
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Na passado dia 6 de junho, 11 anos depois do início das investigações do caso EDP, Manuel Pinho, ex-ministro da Economia, foi condenado a 10 anos de prisão por corrupção passiva, branqueamento e fraude fiscal, Ricardo Salgado, ex-presidente do Banco Espírito Santo (BES) e julgado no mesmo processo, foi condenado a 6 anos e três meses, pelo crime de corrupção ativa, e Alexandra Pinho, mulher de Pinho, foi condenada a uma pena suspensa de quatro anos por branqueamento de capitais e fraude fiscal.
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