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De Bruyne não gostou das vaias, retirou equipa de campo e acabou assobiado – Observador Feijoada

ByEdgar Guerreiro

Jun 27, 2024

Os aplausos podem ser muito audíveis ou mais comedidos, as manifestações de apoio acabaram por estar sempre presentes. Sempre que um encontro do Europeu termina, cada equipa faz questão de juntar-se e ir depois à zona do estádio onde se concentra a maioria dos seus adeptos em forma de agradecimento num momento que acaba por ser sempre de comunhão até quando o resultado não corresponde bem ao esperado. Há seleções, como a Dinamarca, onde os jogadores ficam depois em convívio com os familiares mas esse gesto inicial é uma espécie de “mínimo olímpico”. Por uma vez, não aconteceu. E aquilo que se tinha visto nas imagens após o nulo com a Ucrânia teve mais história depois de as câmaras terem mudado o foco.

Os assobios são o único aplauso para estes Diabos (a crónica do Ucrânia-Bélgica)

Comecemos pelo que se viu. Num pontapé de canto no último minuto de descontos ganho pela Bélgica à esquerda do ataque, que foi marcado de forma curta para tentar congelar a bola durante mais uns segundos, era percetível o desagrado dos adeptos com a exibição que os Diabos Vermelhos estavam a fazer. Depois, no final do encontro, e com essa garantia de passagem aos oitavos mesmo acabando na segunda posição pela diferença de golos com a Roménia, a contestação aumentou. Houve assobios, houve insultos, houve uma reação quase geral de desagrado por outra exibição aquém do esperado. Kevin de Bruyne não gostou.

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Agora vamos para aquilo que não se viu. Alguns jogadores da Bélgica, já depois dos cumprimentos na zona do meio-campo, iam em direção da baliza onde estava concentrada a maioria dos adeptos mesmo perante uma assobiadela bem audível para agradecer o apoio. Ao ver o que se passava, o capitão da Bélgica chamou os companheiros que estavam mais à frente, fez sinal de que não havia nada para dizer e encaminhou todos os jogadores para o balneário. Mais tarde, quando foi reconhecido mais uma vez com o prémio de MVP da partida, o jogador do Manchester City viu o seu nome ser assobiado de novo pelos adeptos, sendo que De Bruyne tornou-se o primeiro e único jogador do Europeu a receber esse troféu por duas ocasiões.

“Estou feliz por nos termos qualificado. Merecemos ganhar também o jogo com a Ucrânia. Começámos bem, a pressionar muito alto mas não fomos muito eficazes. O ataque nem sempre funcionou bem apesar de alguns remates. No final do jogo, só tínhamos de pensar na qualificação. Não podíamos correr riscos. Não seremos favoritos contra a França mas sabemos que, num torneio, temos de jogar o melhor”, referiu o jogador após o encontro, deixando um pedido aos adeptos para que possam apoiar a equipa nos oitavos.

Já o selecionador Domenico Tedesco, que colocou Trossard a jogar de início depois das críticas feitas pelo pai do jogador do Arsenal no último encontro, alinhou pelo mesmo diapasão. “Sabíamos que não podíamos falhar. A mensagem era clara: queríamos ganhar. Os jogadores tentaram tudo. Temos de marcar mais cedo, temos de ser mais eficazes para as coisas se tornarem mais fáceis. Estou orgulhoso da minha equipa porque conseguiu o apuramento. Se tivéssemos sofrido um golo, estávamos fora. Este grupo era mais difícil do que muitos pensavam. Estamos entre as melhores equipas do Europeu e vamos defrontar um adversário de topo. São estes jogos que procuramos nestas competições”, salientou, à luz desse jogo com a França.

Antes, e como parece haver sempre algo que não corre bem com os Diabos Vermelhos, o técnico que rendeu Roberto Martínez manifestou o seu desagrado pelo tempo que a equipa demorou a chegar de autocarro antes da partida. “Nunca vi algo como isto. Demorámos uma hora a chegar ao estádio, com escolta policial e as estradas livres. Andámos a 20, 25 quilómetros e parámos em todos os semáforos. Falei dois minutos com os jogadores e tivemos de reduzir o aquecimento. Não é possível. A preparação do jogo foi também afetada por isso”, criticou o selecionador, neste caso visando a organização da prova na Alemanha.





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