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Urgências. Direção Executiva do SNS pediu articulação aos hospitais mas “não foram apresentadas medidas” – Observador Feijoada

ByEdgar Guerreiro

Out 8, 2023

A Direção Executiva do SNS pediu aos hospitais, na reunião de sábado, que mantenham, nas próximas duas semanas, e até ao limite do possível, a articulação em rede nas urgências hospitalares, numa espécie de “moratória” até que seja alcançado um acordo entre os sindicatos médicos e o Ministério da Saúde que permita ultrapassar a crise da recusa dos médicos a mais horas extra, disseram ao Observador várias fontes hospitalares.

Num comunicado enviado às redações ao final da tarde deste sábado, a Direção-Executiva do SNS garantia que tinham sido encontradas “soluções consistentes” para garantir equidade no acesso, em todo o país, aos serviços. Mas fontes hospitalares próximas da reunião garantem que no encontro, que juntou a Direção Executiva e mais de 150 responsáveis hospitalares e do INEM, “não foram apresentadas medidas concretas”, tendo o organismo liderado por Fernando Araújo pedido apenas aos hospitais que reforcem, nas próximas duas semanas, a “articulação em rede” até ao limite, no sentido de assegurar a resposta aos utentes que precisem de se deslocar às urgências hospitalares.

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Não foram apresentadas medidas concretas. Foi um número de folclore. Estão a tentar ganhar tempo“, diz ao Observador uma fonte hospitalar, que pediu para não ser identificada. Uma outra fonte adianta que não foi colocada, para já em cima da mesa a possibilidade de rotação do funcionamento dos serviços de urgência geral, à semelhança do que já é feito há meses com as Urgências de Ginecologia/Obstetrícia.

A articulação entre as diferentes unidades hospitalares, a interação com o Centro de Orientação de Doentes Urgentes (CODU)/Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) e o SNS 24, e a coordenação integrada das decisões pela Direção Executiva “foram algumas das dimensões consensualizadas ao longo do dia com vista a garantir segurança, previsibilidade e equidade para os utentes”, segundo adiantou a assessoria de imprensa da Direção Executiva.

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A reunião deste sábado, convocada de urgência pela Direção Executiva do SNS, juntou 150 pessoas, entre as quais os membros dos conselhos de administração dos hospitais do SNS, os respetivos diretores clínicos, os responsáveis pelos serviços de Medicina Interna e de Cirurgia (as duas especialidades mais afetadas pela escusa dos médicos a mais horas extra), e o INEM.

Ao longo da última semana, encerraram vários serviços de urgência de pelo menos nove hospitais do país devido à falta de médicos, de várias especialidades, para completar as escalas dos serviços de urgência. Até ao momento, cerca de 2500 médicos já entregaram as minutas de escusa a mais trabalho suplementar, segundo as conta do movimento Médicos em Luta.



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