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Sir Hamilton ganha 945 dias depois e torna-se o primeiro a ganhar nove vezes a mesma corrida – Observador Feijoada

ByEdgar Guerreiro

Jul 7, 2024

A menos de dez voltas do final, o Grande Prémio da Áustria estava a ser mais do mesmo. Ainda houve aquela segunda paragem nas boxes de todos os pilotos que aproximou e muito os dois carros na frente mas a história continuava a ser escrita entre o domínio de Max Verstappen e o desafio de Lando Norris. Aí, e num instante, tudo mudou. O McLaren forçou e muito a ultrapassagem, o Red Bull forçou e muito a defesa e ambos ficaram com as respetivas corridas estragadas, com o neerlandês a não ir além do quinto lugar e o britânico fora dos pontos. No meio da confusão que continuou fora de pistas, destacou-se o Mercedes de George Russell.

Amigos, amigos, vitória à parte – e Russell sorriu: Verstappen e Norris tocam na frente e estendem passadeira à Mercedes na Áustria

“Há regras para aquilo que podes e não podes fazer, ele estava a fazer coisas que não podia fazer e não era penalizado. Esperava uma luta dura com o Max, sei bem o que esperar. Espero agressividade e uma luta até aos limites, esse tipo de coisas. Em três ocasiões ele fez coisas que podiam facilmente ter provocado um incidente. E, de certa forma, foi um pouco irresponsável, parecia que estava um pouco desesperado”, apontou Lando Norris. “Vamos falar sobre isso mas não agora. Não é a altura certa. Mas nós somos pilotos. Temos uma pequenina diferença de idades, por isso nunca lutámos diretamente nas categorias inferiores. Vamos falar sobre isto. É fácil julgar e comentar mas é como quiserem…”, lamentou Max Verstappen.

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“Sim, já falamos sobre isso. Honestamente, não creio que ele precise de me pedir desculpa. Acho que algumas das coisas que disse na conferência depois da corrida foram devido à frustração que tinha. Muita adrenalina, muitas emoções, disse algumas coisas que não acreditava necessariamente… Foi duro. Foi um incidente bastante patético por termos ambos ficado com a corrida estragada. Não foi uma colisão, não foi um óbvio momento de contacto…”, referiu agora o piloto da McLaren, em Silverstone. “Estou a lixar-me para isso [das críticas]. A única coisa que me importa é manter a minha relação com o Lando. Na segunda-feira acordei muito cedo, porque queria falar com o Lando, mas ele já me tinha enviado mensagem. Respeito-o imenso. Somos grandes amigos, ele é um tipo fantástico”, respondeu o tricampeão da Red Bull.

As “pazes” estavam feitas, as habituais contas continuavam a ser refeitas. E se a dupla voltava a ficar na mesma linha com vantagem para o britânico, essa linha não era desta vez a primeira onde se encontravam os dois Mercedes de George Russell e Lewis Hamilton. Enquanto a Ferrari teve mesmo um Haas (o de Nico Hulkenberg) a fazer um tempo mais rápido do que Carlos Sainz e Charles Leclerc, a formação britânica ia apostando forte no Grande Prémio de “casa” depois de ficar pela terceira vez consecutiva muito perto de colocar os dois pilotos no pódio depois do 3-4 no Canadá e em Espanha e do triunfo de George Russell na Áustria com Lewis Hamilton a terminar depois na quarta posição, atrás de Oscar Piastri e Carlos Sainz.

Com uma espécie de guarda de honra de Hamilton, que com a trajetória de saída defendeu logo a liderança de George Russell, os Mercedes mantiveram-se na frente mas com um outro carro na calha depois de Max Verstappen ter aproveitado um espaço mínimo em curva na primeira volta para passar Lando Norris. Já Nico Hulkenberg, quase em contraponto, não confirmou os sinais da véspera, descendo de sexto a nono ainda na fase de arranque com Piastri a manter o quinto lugar à frente de Sainz, Lance Stroll e Charles Leclerc. De chuva, nada de novo apesar dessa ameaça sempre presente (a cerca de 200 quilómetros, Wimbledon só era jogado nos courts fechados), numa corrida “estável” e que pelas diferenças foi tirando possibilidades de DRS à maioria dos pilotos no top 10. Parecia estar tudo à espera dos dez minutos de chuva prognosticados.

Os Mercedes continuavam a dominar por completo, Lando Norris conseguia acelerar para se começar a colar a Max Verstappen, Leclerc subiu a sétimo após passar Lance Stroll e… aparecia a chuva na 15.ª volta, quando o britânico voltou ao terceiro posto à frente do tricampeão. Algo não estava bem no carro da Red Bull, que não teve capacidade de reagir a Norris e foi também superado por Oscar Piastri numa altura em que tentava regenerar o motor. Na frente, Hamilton começava a aproveitar as zonas de pista menos secas para se chegar a Russell, assumindo a liderança na 18.ª volta com Norris mais próximo da segunda posição a passar também Russell depois de os dois Mercedes terem uma saída de pista já a deslizar com a água na pista. Foi Russell, foi Hamilton (que liderara pela primeira vez este ano) e Piastri juntou-se à festa subindo a terceiro.

Se a Mercedes tinha tudo na mão, a McLaren aproveitou o aumentar das dificuldades para passar para a frente com Piastri a juntar-se também a Norris na frente. O DRS voltou a ser permitido, sinal de que a pista não estava tão molhada como estivera, mas as informações que chegavam das boxes era que o período com chuva estaria de novo a chegar, o que fazia com que a decisão da paragem passasse também para os pilotos. Leclerc mostrou as dificuldades que se avizinhavam, saindo de pista com intermédios a meio da prova e com o aumento da chuva que voltou a bloquear o DRS. Verstappen e Leclerc foram os primeiros a parar, depois os Mercedes, a seguir Lando Norris. Piastri foi o último a sair da pista e com vários segundos já perdidos. Ou seja, a corrida para o número 2 da McLaren estava perdida com Norris a sair beneficiando desse “erro”.

Quando passou toda essa “dança”, Norris mantinha a liderança com Hamilton a mais de três segundos, Max Verstappen chegou a terceiro à frente de Russell e Piastri rodava em sexto atrás de Carlos Sainz mas seria uma questão de tempo até aparecerem mais surpresas, neste caso na Mercedes e para Russell, chamado às boxes pela equipa para terminar a corrida depois do domínio que teve na qualificação. A diferença entre os dois primeiros estava em 2,7 segundos, com a chuva de novo a aparecer e a tornar os corretores uma autêntica armadilha para os pilotos, mas Hamilton ganhava terreno dentro de uma instabilidade que ia da pista ao céu, onde de repente apareceu o sol na zona da reta da meta. Era entre eles que estava a vitória.

A segunda paragem beneficiou Hamilton, que saiu a rodar mais rápido do que Lando Norris e com cerca de 2,5 segundos de distância com 11 voltas por fazer, sendo que o próprio Max Verstappen conseguiu chegar-se mais à frente e ficou a 3,4 de Norris. Estava na mão do britânico da Mercedes um dado histórico, com Lewis Hamilton a poder tornar-se o primeiro corredor de sempre a ganhar por nova vezes o mesmo Grande Prémio, sendo que a última vitória na Fórmula 1 foi na Arábia Saudita, a 5 de dezembro de 2021, antes da fatídica corrida que em Abu Dhabi em que Verstappen ganhou o seu primeiro título mundial. Mais: o britânico tornou-se o primeiro a ganhar após fazer 300 Grande Prémios, quebrando essa “maldição” tendo atrás de si Verstappen, que reforçou a vantagem no Mundial após passar Lando Norris no segundo lugar.





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