“A história está nas vossas mãos, o poder está nas vossas mãos, a América está nas vossas mãos. Mantenham a fé e lembrem-se de quem nós somos”, afirmou Joe Biden durante o discurso, acrescentando que a “coisa incrível” do país é que “reis e ditadores não mandam, as pessoas fazem-no”.
Se bem que nunca o tivesse dito diretamente, é claro no discurso que o Presidente entendia que estava numa posição politicamente frágil para derrotar Donald Trump. As sondagens assim o indicavam e o debate de dia 27 de junho — em que demonstrou dificuldades para impor as suas ideias — consolidou ainda mais essa ideia.
Assim sendo, Joe Biden enfatizou que “nada” — nem mesmo as suas “ambições pessoais” — podiam “colocar-se no caminho” de “salvar a democracia”.
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Biden reconheceu igualmente que o Partido Democrata não estava “unido” em redor da sua candidatura. Ressalvando que continua a acreditar na sua visão de liderança e de visão para o futuro dos EUA — e que por isso “merecia” uma segunda oportunidade —, o Chefe de Estado concluiu que os seus correligionários não sentiam o mesmo e que isso o enfraqueceria ainda mais.
Para a defesa da democracia, é preciso, então, “passar a tocha” a novas vozes, principalmente àquela que será provavelmente a candidata democrata nas presidenciais e que é a sua “vice” no atual mandato. “Tomei a minha decisão. Apoiei a vice-presidente Kamala Harris. Ela é a experiente, capaz, dura e foi uma parceira incrível”, elogiou.