1 Não sei se o caro leitor reparou há umas semanas quando a ministra Ana Abrunhosa anunciou no final do Conselho de Ministros a redução de 30% do valor das portagens em algumas auto-estradas no interior. A ministra da Coesão Territorial fez questão de fazer o anúncio com uma écharpe da Louis Vuitton — uma griffe de luxo francesa que não está ao alcance do poder de compra da esmagadora maioria da população portuguesa.
Sendo eu defensor da economia de mercado, do direito à propriedade, do direito às heranças e do sistema de meritocracia que assenta numa concorrência leal e justa entre empresas e trabalhadores, por norma não me incomodam as manifestações de riqueza. Seja o Porsche de Pedro Nuno Santos , seja a écharpe Louis Vuitton de Ana Abrunhosa, sejam futuras revelações de fãs da Gucci, de Valentino, da Dior ou da Chanel no Governo António Costa — aviso já que não contarão com a minha crítica.
Parto sempre do princípio de que os fundos que financiaram tais aquisições foram ganhos com mérito, suor e trabalho — e que as écharpes, malas ou cintos não são contrafação, claro.
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