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Caso EDP. Nas vésperas de ir para o Governo, Manuel Pinho criou offshore para esconder património, mas nega ter ocultado pagamentos do BES – Observador Feijoada

ByEdgar Guerreiro

Out 17, 2023

Em atualização 

A terceira sessão do julgamento do processo que ficou conhecido como caso EDP continua esta terça-feira, com a conclusão da “ordem de trabalhos” apresentada por Manuel Pinho, um dos três arguidos deste processo. Faltam três dos nove pontos anunciados pelo antigo ministro da Economia na sessão passada, mas a questão central desta terça-feira foi a criação da Fundação Tartaruga, a offshore com sede no Panamá, para onde foram feitos os pagamentos de Ricardo Salgado. “Não tem nada a ver com o que é afirmado pelo Ministério Público”, disse Manuel Pinho, recusando ter criado esta offshore antes de integrar o Governo de José Sócrates, apenas para esconder os pagamentos do antigo presidente do Banco Espírito Santo. Mas a justificação não é clara e também não é nova, como avançou em 2022 o Observador: por um lado, Manuel Pinho assume que não quis declarar património quando entrou para o Governo e, por outro lado, recusa ter ocultado recebimentos.

“Vamos andar para 2004, quando não estava no Governo. Tinha acumulado grande parte do património e tinha esse património numa conta do BES na Suíça. Por altura de me terem afastado, andava agastado com o Banco Espírito Santo e tirei parte do dinheiro dessa conta e meti no Deutsch Bank, em Lisboa. Mas aqui havia o problema de não haver sigilo bancário, nem em Portugal, nem na Alemanha. A solução era criar uma offshore”, disse Manuel Pinho, para explicar o início da formação da Fundação Tartaruga.

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