A entrada gratuita em museus, monumentos e palácios tutelados pelo Estado deixa de estar restringida aos domingos e feriados e, a partir desta quinta-feira, passa a ser possível escolher 52 dias por ano de acesso grátis, revelou o Governo.
A medida, que abrange apenas portugueses e residentes em Portugal e permitirá uma gestão de fluxos de visitantes, foi explicada hoje aos jornalistas pela ministra da Cultura, Dalila Rodrigues, no Palácio da Ajuda, em Lisboa, pondo em prática uma decisão que tinha revelado em maio.
A partir de hoje o que muda é que os portugueses e residentes em Portugal passam a ter 52 dias por ano, em qualquer dia da semana, para visitar gratuitamente os 37 museus, monumentos e palácios de tutela pública. Até aqui, a gratuitidade era acessível apenas aos domingos e feriados, num regime que tinha entrado em vigor em setembro de 2023.
“A liberdade é plena. Nós podemos passar a visitar em qualquer dia da semana. A gratuitidade que era até agora limitada aos domingos e feriados passa a ter plena liberdade de ação e escolha. Não há motivo nenhum para que os portugueses e residentes em Portugal não visitem os nossos museus e monumentos“, até ao limite de 52 dias, disse hoje a ministra da Cultura.
Para garantir o acesso àqueles espaços, os visitantes devem apresentar o cartão de cidadão nas bilheteiras para um registo, a fim de se poder contabilizar, numa base de dados central, o limite dos 52 dias.
A própria ministra, a secretária de Estado da Cultura, Maria de Lurdes Craveiro, e o presidente da empresa que tutela aqueles 37 equipamentos culturais (Museus e Monumentos de Portugal), Alexandre Pais, fizeram o registo, célere, na bilheteira do Palácio Nacional da Ajuda.
Como a medida entra em vigor esta quinta feira, 01 de agosto, a gratuitidade referente a 2024 já só contabilizará 22 dias de entradas sem pagar até ao final do ano. Mas permite, ao longo de cada dia escolhido, visitar vários museus, monumentos e palácios.
Estes são os museus, monumentos e palácios abrangidos pela medida “Acesso gratuito 52 dias por ano, em qualquer dia da semana”:
- Convento de Cristo, em Tomar
- Fortaleza de Sagres, em Vila do Bispo
- Mosteiro de Alcobaça, em Alcobaça
- Mosteiro de Santa Maria da Vitória, na Batalha
- Mosteiro dos Jerónimos, em Lisboa
- Museu de Alberto Sampaio e extensão no Palacete de Santiago, em Guimarães. Museu de Arte Popular, em Lisboa
- Museu de Lamego, em Lamego
- Museu José Malhoa, em Caldas da Rainha
- Museu Nacional da Música, em Mafra
- Museu Nacional da Resistência e da Liberdade, em Peniche
- Museu Nacional de Arqueologia, em Lisboa
- Museu Nacional de Arte Antiga, em Lisboa
- Museu Nacional de Arte Contemporânea — Museu do Chiado, em Lisboa
- Museu Nacional de Conímbriga, em Condeixa-a-Nova
- Museu Nacional de Etnologia, em Lisboa
- Museu Nacional de Machado de Castro, em Coimbra
- Museu Nacional de Soares dos Reis e Casa-Museu Fernando de Castro, no Porto. Museu Nacional do Azulejo, em Lisboa
- Museu Nacional do Teatro e da Dança, em Lisboa
- Museu Nacional do Traje, em Lisboa
- Museu Nacional dos Coches e Picadeiro Real, em Lisboa
- Museu Nacional Frei Manuel do Cenáculo e Igreja das Mercês, em Évora
- Museu Nacional Grão Vasco, em Viseu
- Museu Rainha D. Leonor e extensão na Igreja de Santo Amaro, em Beja
- Paço dos Duques, Castelo de Guimarães e Igreja de São Miguel do Castelo, em Guimarães
- Palácio Nacional da Ajuda, em Lisboa
- Palácio Nacional de Mafra, em Mafra
- Panteão Nacional, em Lisboa
- Torre de Belém, em Lisboa
- Museu D. Diogo de Sousa, em Braga
- Museu dos Biscainhos, em Braga
- Museu da Terra de Miranda, em Miranda do Douro
- Museu do Abade de Baçal, em Bragança
- Museu Dr. Joaquim Manso, na Nazaré
- Museu da Cerâmica, em Caldas da Rainha
- Casa-Museu Dr. Anastácio Gonçalves, em Lisboa