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Pelo menos uma centena de manifestantes que se apresentaram como Judeus pela Paz ocuparam esta quarta-feira um edifício do Congresso dos Estados Unidos, exigindo aos congressistas e à administração Biden que pressionem por um cessar-fogo em Gaza.
Vestidos com camisolas pretas estampadas com as palavras “Judeus dizem cessar-fogo agora” e “Não em nosso nome”, os manifestantes encontravam-se no Cannon Building, um dos edifícios do Congresso, e exibiam grandes faixas proclamando “cessar-fogo” e “Deixem Gaza viver”.
A polícia do Capitólio deteve vários manifestantes, anunciou a agência France-Presse (AFP).
Arrests in the Canon Rotunda and the rolling road closures are ongoing.
Amongst these arrests, three people have been arrested and charged with Assault on a Police Officer during processing.
— The U.S. Capitol Police (@CapitolPolice) October 18, 2023
Protestos não são permitidos dentro dos edifícios do Congresso”, explicou a força policial na rede social X (antigo Twitter). “Advertimos os manifestantes que deveriam parar de se manifestar e quando não obedeceram, começamos a prendê-los”, acrescentou.
A group of protesters are demonstrating inside the Cannon Rotunda. Demonstrations are not allowed inside Congressional Buildings. pic.twitter.com/pZHKqSpjoL
— The U.S. Capitol Police (@CapitolPolice) October 18, 2023
A manifestação foi organizada a pedido do movimento Jewish Voice for Peace [Voz Judaica pela Paz, em português].
Antes de alguns destes manifestantes se dirigirem ao Cannon Building, centenas de pessoas reuniram-se no National Mall, perto do Capitólio, para instar a administração Biden a defender um cessar-fogo.
“Biden é realmente o único que tem o poder de pressionar Israel neste momento, e precisa de usar esse poder para salvar vidas inocentes”, realçou à AFP a israelita Hannah Lawrence, de 32 anos, que se deslocou do Estado de Vermont para este evento.
“Se eu pudesse enviar uma mensagem ao Presidente, diria ‘abra os olhos, veja o que está a acontecer em Gaza. Se você quiser olhar-se ao espelho, você tem que se levantar e acabar com o genocídio‘”, frisou, por sua vez, Linda Holtzman, de 71 anos, da Filadélfia.
Israel tem bombardeado incansavelmente Gaza, desde o sangrento ataque surpresa de 7 de outubro do Hamas, que matou 1.400 pessoas em Israel, a maioria delas civis.
A resposta israelita causou pelo menos 3.478 mortos no superpovoado território palestiniano, a maioria civis, segundo as autoridades locais.