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“O momento decisivo do jogo é o 3-1” – Observador Feijoada

ByEdgar Guerreiro

Ago 4, 2024

A estreia de Vítor Bruno como treinador principal do FC Porto não se apresentava como uma tarefa fácil: a final da Supertaça frente ao campeão nacional, Sporting. Na antevisão, o técnico dizia que o jogo deste sábado era “isolado” e “não teria reflexo no que vai acontecer no desenrolar da época”, mas assumia que “ganhar é sempre importante, seja em que circunstância for, contra que adversário for”. E a conquista da 24ª Supertaça para os dragões foi uma dessas vitórias “seja em que circunstância for” — ou seja, acabar a festejar mesmo que, antes dos 25 minutos, se esteja a perder por 3-0.

Assim, a partir este sábado, o primeiro jogo oficial de Vítor Bruno como treinador principal do FC Porto será sempre a data do primeiro troféu conquistado na liderança do barco azul e branco. E frente a um Sporting que o técnico dos dragões definiu como “uma excelente equipa, que joga a um nível altíssimo, com várias formas de entrar no bloco de um adversário”.

Aos jornalistas, assumiu que sentiu a equipa “perdida” em campo depois do adversário ter chegado ao 2-o. Foi mais longe e disse mesmo que, “se calhar, faltou voz do treinador para tentar acalmar, serenar”. Depois, veio o trabalho de quem estava em campo, que recorreu aos seus valores para procurar um resultado que parecia impossível. Porque, no FC Porto, “é impossível pensar que não é possível”.

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“O momento decisivo do jogo é o 3-1, A equipa serenou, estabilizou. No balneário, reunimos o que era nosso, tentámos corrigir o que estava a acontecer e que os jogadores agarrassem o que é a nossa ideia. Acreditar que podendo fazer um golo podíamos reagir a história do jogo. E isso aconteceu”, explicou, na conferência de imprensa. “Quem veio de fora acrescentou valor e isso é uma mensagem importante para dentro: que todos percebam que são importantes independentemente dos minutos que joguem”, elogiou.

Ainda assim, não deixou de assumir que a sorte protegeu a sua equipa. “Hoje fomos felizes, não podemos negá-lo. Podia ter caído para o lado do Sporting. Se eles têm feito o 4-0 em algum momento, íamos despenhar-nos por completo… O que acontece, muitas vezes, quando estamos a perder por 2 ou 3-0, é que há a tentação de ir com muita sede ao pote e acabam por se cometer muitos erros seguidos. O intervalo foi importante para fazer com que eles voltassem a comprar o que tem sido feito nestas 40 e tal unidades de treino que temos até agora”.

Mais à frente, voltou à carga ao falar de como as substituições coincidiram com o crescimento da exibição da equipa. “Não quero puxar os louros para quem foi lançado a partir de fora, mas a verdade é que tiveram impacto forte no jogo, coincidiu com o nosso melhor momento. Ninguém tem de ser considerado genial, por aquilo que agradeceu, fomos felizes, mas entraram muito bem”, reforçou, lembrando ainda o seu passado na equipa técnica de Sérgio Conceição: “Conheço muito bem os jogadores e é essa é a grande vantagem, eventualmente, operante alguém que estivesse no meu lugar e chegasse aqui de novo. Conheço as raízes dele, sei o que alavancamos no Olival. Não foi novidade a maneira como se reergueram, sei que têm a capacidade de ir buscar a força que por vezes parece no fundo do poço.”

Sobre a estreia de sonho, foi difícil encontrar as palavras certas. Apenas uma certeza: não mudou com a subida na hierarquia. “Naqueles minutos finais, passaram muitas coisas pela cabeça. Isto é o início de uma carreira numa missão diferente. Sei o que me espera, nem sempre vai correr bem, hoje fomos felizes em determinados momentos. Quando me deram este cargo, ninguém me deu uma coroa para me agigantar perante quem quer que fosse. O Vítor Bruno do passado é o mesmo de agora. Tenho é que tomar decisões e isso é a parte mais difícil do treinador principal.”

Autor de dois golos na partida e homem do jogo, Galeno não escondeu a felicidade pela vitória, admitindo que o primeiro golo do Sporting acabou por atrapalhar o plano dos dragões. “Sabíamos que não ia ser um jogo fácil. Começámos bem, mas uma bola parada dificultou a partida. Porém, vínhamos com o pensamento de fazer um grande trabalho e sair daqui com a vitória e o título”, começou por dizer em declarações à RTP, logo a seguir ao apito final.

Para a equipa, não faltaram elogios — não apenas pela maneira como recuperou no marcador, mas também pela ajuda para os tentos que marcou. “Acabou por acontecer a reviravolta, depois de estarmos a perder 3-0. Ninguém baixou a cabeça, é uma equipa de guerreiros. Estamos todos de parabéns. Agora, é comemorar e descansar também”, concluiu o avançado, que fez questão de dizer que os golos que marcou “foram trabalho de toda a equipa”.





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