O almirante Henrique Gouveia e Melo continua a não descartar uma candidatura presidencial e a dar sinais de que pode estar disponível para uma corrida a Belém. Numa entrevista à Euronews e ao jornal Amanhã, o chefe do Estado-maior da Armada diz que “tentou-se criar a ideia de que os militares não podem participar no espectro político” e que isso é uma “menorização e isso é que é verdadeiramente antidemocrático”.
Gouveia e Melo diz que os militares “não tem liberdade” de participar na política apenas “enquanto estiverem no ativo” e que “depois de saírem do ativo são cidadãos como outros cidadãos quaisquer, sem restrições. Não podemos aceitar ficar com uma marca na testa a dizer impróprio para consumo.” Sobre se admitiria assumir esse papel de cidadania ativo após a carreira militar, o almirante responde: “Como cidadão, fui ativo toda a minha vida.”.
É recorrente Henrique Gouveia e Melo não excluir uma candidatura presidencial. Em entrevista ao Observador, em julho de 2022, o antigo coordenador do plano de vacinação durante a pandemia foi questionado sobre as ambições presidenciais e disse que “depois, logo se vê o que acontece” e que não lhe “fizessem a mesma pergunta 300 vezes.”
O chefe do Estado-maior da Armada não se imiscuiu, na mesma entrevista, de dar opinião sobre o rumo do Estado português, ao dizer que “o principal desígnio do país é mudar a nossa economia, transformar a nossa economia numa economia mais produtiva para que a nossa população possa beneficiar dessa economia mais produtiva.” Henrique Gouveia e Melo diz que Portugal não tem de “ser um país pobrezinho, um país de coitadinhos, um país periférico. Não estou a ver isso. Acho que Portugal pode ser diferente.”