Quando este escriba fez a escolha dos livros de Verão (ver Estas são as nossas 42 sugestões de livros para o verão), a recomendação de Os gregos: Uma história global, de Roderick Beaton (que recorda os valiosos contributos da Grécia para a civilização ocidental), e de A destruição do espírito americano, de Allan Bloom (em que se reprova a expulsão dos clássicos dos curricula escolares), deu ensejo a que se incluísse uma sugestão de leitura adicional: as Cartas a Lucílio, do filósofo romano Séneca (Lucius Annaeus Seneca, c.1-65 d.C.). A sugestão era acompanhada pelo apelo a que um editor reparasse a falha imperdoável que é a inexistência nas livrarias de uma versão portuguesa desta obra crucial. Quis o acaso que, por essa altura, já as Edições 70 – que, em 2021-22, tinham publicado as dez tragédias de Séneca, repartidas por dois volumes – tivessem em curso a tradução integral dos Diálogos do mesmo autor, de que se publica agora o primeiro volume.
A variedade de assuntos abordados nos escritos de Séneca e a sua actualidade justificam que a eles se consagre uma série de três artigos. Este é o primeiro.
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