O presidente da Câmara de Lisboa, Carlos Moedas, não comenta a demissão de Paddy Cosgrave, que deixou a liderança da Web Summit após um boicote anunciado por Israel, que foi seguido por grandes tecnológicas, como a Google, a Amazon e a Meta.
Em declarações aos jornalistas este domingo, que foram transmitidas pela SIC-Notícias, o autarca afirmou que neste momento é necessário trabalhar para que a Web Summit “corra bem, porque é um evento que é importantíssimo para a cidade”. Embora seja uma cimeira “feita por um operador privado”, não deixa de envolver “também o Estado português”.
Paddy Cosgrave diz que Web Summit vendeu “mais bilhetes do que em qualquer outra segunda-feira de 2023” após boicote de Israel
Separando “as coisas” entre o que é o fundador e o que é a empresa, Carlos Moedas reiterou a importância da Web Summit para Lisboa: “Eu quero muito que esta Web Summit aconteça, que aconteça em boas condições. Portanto, vamos continuar a trabalhar para isso”.
Num momento que não considera oportuno para falar sobre a demissão de Paddy Cosgrave, o presidente da Câmara de Lisboa destaca que esta é uma altura de “união”. “É um momento de olharmos para um evento que é importante, que é de tecnologia, que é de inovação. Não é um evento de política ou geopolítica”.
O legado de Paddy Cosgrave na Web Summit e os desafios que deixa ao próximo CEO
Foi há pouco mais de 24 horas que Paddy Cosgrave, até então o principal rosto da Web Summit, anunciou que deixava a liderança da cimeira tecnológica após ter feito comentários acerca do conflito entre Israel e o Hamas (considerando que o país estava a cometer “crimes de guerra”), que levaram à saída de diversas empresas e oradores, como a atriz Gillian Anderson. Nessa altura, apesar da saída do CEO, a organização da Web Summit garantiu que o evento deste ano em Lisboa, que se realizará entre 13 e 16 de novembro, “decorrerá como planeado”.
Paddy Cosgrave demite-se da liderança da Web Summit