Uma “boa notícia”. Foi assim que o primeiro-ministro reagiu, a partir de Bruxelas, à notícia de que o Banco Central Europeu decidiu fazer uma pausa na subida das taxas de juro, com a expectativa de que o próximo passo seja mesmo a sua redução.
“Esperemos que esta pausa seja o momento que antecede a redução progressiva das taxas de juro. Esperemos que esse seja o caminho”, atirou António Costa, questionado pelos jornalistas à margem do Conselho Europeu.
O primeiro-ministro, que tem chocado frontalmente com a posição do Banco Central Europeu — como tem acontecido também com o Presidente da República — viu aqui um “bom princípio”, que cria também em Bruxelas “condições para que a discussão económica” que vai acontecer entre os líderes europeus “se possa fazer num clima distinto do que tem sido feito até agora”, já com uma ambiente reforçado de “confiança no futuro das economias europeias”.
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De resto, Costa diz que a boa notícia até é “dupla”, uma vez que também considera positivo que haja por parte do BCE um “reconhecimento” de que existe uma “tendência sustentável de redução da inflação”. Agora, o que é preciso é “alinhar as políticas necessárias” para que essa trajetória se mantenha.
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O primeiro-ministro aproveitou ainda para frisar que o Conselho Europeu incidirá ainda sobre dois temas cruciais: por um lado, a tentativa de chegar a um novo acordo sobre as regras de governação económica a partir de janeiro, que têm estado suspensas desde a pandemia — caso se apliquem agora tal como estavam, alertou, “haveria um conjunto de países que não as conseguiriam cumprir” nem teriam margem para fazer investimentos importantes em áreas como a transição energética e ambiental.
Por outro lado, será discutida a revisão do quadro financeiro plurianual, que garanta um equilíbrio entre uma “estabilidade” no apoio atribuído à Ucrânia e “outras questões importantes” para a Europa, como as questões das políticas de transição verde.