“Qual é o teu último nome?”, pergunta Bárbara Bandeira. O dedo desliza pelo ecrã do telemóvel e, em segundos, somos resumidos às fotografias que partilhamos nas redes sociais, às decisões profissionais que tomamos, à pegada digital que nem sempre controlamos.
A pergunta, inofensiva, na pausa para almoço entre ensaios numa zona industrial em Vialonga, denuncia o mundo onde nasceu a artista feminina nacional mais ouvida em Portugal no Spotify no último ano. Quantas vezes não foi escrutinada, resumida, de igual forma?
Cresceu à vista de todos. Filha do também cantor português Rui Bandeira, participou no programa televisivo Uma Canção para Ti, em 2011. Tinha nove anos. Logo começou a cantar nos concertos do pai e, pouco depois, estava a virar as três cadeiras de um outro concurso, The Voice Kids. A timidez na voz não a coibiu de sublinhar: “Vim a este programa não para ser conhecida como Bárbara Bandeira, filha do cantor. Eu quero ser conhecida por Bárbara”. Disse-lhe Daniela Mercury, uma das juradas do certame: “Podemos conhecer você como Bárbara Bandeira ou como Bárbara, você vai ser sempre essa cantora maravilhosa”.
Este artigo é exclusivo para os nossos assinantes: assine agora e beneficie de leitura ilimitada e outras vantagens. Caso já seja assinante inicie aqui a sua sessão. Se pensa que esta mensagem está em erro, contacte o nosso apoio a cliente.