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o combustível que marca a transição energética – Observador Feijoada

ByEdgar Guerreiro

Out 30, 2023


O Acordo de Paris é objetivo: a comunidade internacional tem de dar uma resposta global e eficaz à necessidade urgente de travar o aumento da temperatura média global, resolvendo os desafios ligados às alterações climáticas. Ainda assim, o planeta continua a esgotar os seus recursos naturais e Portugal não é exceção. Mas como travar o aumento da temperatura? O desafio é difícil, mas não impossível. Cabe a cada um de nós – enquanto cidadãos e empresas – fazer a sua parte.

O caminho da transição energética é tão complexo quanto necessário. E os setores dos transportes e da mobilidade têm um papel fulcral nesse caminho. Temos, no entanto, que ser realistas: não é possível, a curto prazo, pedir a todos os cidadãos ou empresas que tenham um meio de transporte elétrico. É importante ter mais do que uma solução a ajudar-nos neste caminho rumo à descarbonização. A transição energética só acontece se contarmos com várias soluções. É neste sentido que a PRIO, cujo ADN está alinhado com a agenda climática mundial, decidiu agir como um agente de mudança. Assim, para levar a cabo uma transição energética mais acessível a todos, a PRIO tem procurado inovar, explorando novos caminhos.

É no complexo PRIO Novas Energias, na Gafanha da Nazaré, em Aveiro, que a marca se tem aventurado nesta procura de novas soluções. A mais recente a chegar aos consumidores, depois de já ter sido longamente testado em frotas de ligeiros e pesados de mercadorias, é o novo ECO Diesel, um combustível premium, mais eficiente e ecológico.

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Desenvolvido com a tecnologia E2 Tech, o ECO Diesel, da PRIO, foi testado ao detalhe ao longo de três anos por inúmeras entidades e laboratórios independentes, utilizando motores de referência em condições de grande proximidade ao ambiente real. Para testar o desempenho foram feitos diversos ensaios, desde a fase de conceção em laboratório à comercialização e utilização em estrada. O produto, que é produzido de acordo com as normas europeias e a legislação portuguesa, tem claras vantagens, quer para o consumidor, quer para o planeta:

É mais ecológico. Comparado com o gasóleo, o ECO Diesel incorpora 15% de energia renovável e emite até menos 18% de gases com efeito de estufa, tanto na produção, como na utilização do veículo.

Tem mais performance. Com uma combustão mais eficiente, permite fazer mais quilómetros com uma redução no consumo de combustível de até 5%.

Confere maior proteção ao motor. Com maior poder de limpeza e proteção, o ECO Diesel elimina as impurezas acumuladas no motor, reduzindo gastos com a manutenção, a médio-longo prazo.

Mas, afinal, que empresa é esta que está a revolucionar a transição energética dos transportes, em Portugal? Criada em 2006, a PRIO é a maior produtora de biocombustíveis a partir de matérias-primas residuais no nosso país, e abastece uma rede de mais de 250 estações de serviço, de Norte a Sul de Portugal. Nasceu com um propósito bem definido: contribuir para a economia circular e oferecer soluções mais verdes no mercado dos combustíveis. A sua fábrica de primeira geração surge em 2006, em Aveiro, para trabalhar óleos de colza e soja, dando o salto em 2013, quando começa a transformar óleo alimentar usado em energia. Tendo como premissa o investimento em desenvolvimento e inovação, é em 2019 que a empresa faz um grande investimento na melhoria dos processos tecnológicos, permitindo trabalhar matérias-primas residuais que de outra forma seriam descartadas, transformando-as em energia útil. Atualmente, o parque de tanques da PRIO tem uma capacidade instalada de 100 milhões de litros de combustível, sendo que o ECO Diesel pode ser alocado até 70% da capacidade. Este novo produto é acreditado por vários laboratórios nacionais e internacionais, durante as várias fases do processo de produção.

Os fornecedores da PRIO fazem um pré-tratamento inicial onde removem os principais contaminantes. Na fábrica, através de processos químicos, é reduzida a acidez dos resíduos para estarem preparados para a reação principal, conseguindo assim um produto final de alta qualidade.

Quanto à armazenagem, há também uma preocupação ambiental efetiva: ao dia de hoje, a fábrica tem uma instalação de painéis fotovoltaicos que produzem energia suficiente para substituir 10% do consumo de energia externo. Além desta instalação, estão ainda a finalizar a colocação de mais painéis fotovoltaicos flexíveis em paredes e tetos de tanques de matéria-prima e produto final, duplicando desta forma o autoconsumo.

Em relação à preocupação com consumos de água, a fábrica tem uma unidade dessalinizadora que reduz a necessidade de captação de água doce. Além disso todo o biodiesel é lavado com água recuperada do processo de desidratação de glicerina, andando esta água em ciclo fechado. Estão também em curso, projetos internos para reutilização de águas residuais.

O Plano de Recuperação e Resiliência apoiará novos projetos de descarbonização no que diz respeito à investigação, introdução de novas tecnologias e capacitação de recursos. Em projeto, está também a conversão de uma atual caldeira a gás para utilização de biometano. Desta forma, a PRIO terá ainda mais habilidade para produzir energias mais verdes e acrescentar valor à sociedade.

A descarbonização do setor é urgente e a PRIO tem o orgulho de fazer parte da mudança. E a marca sabe que não está sozinha nessa ambição. Vamos todos fazer a nossa parte neste desafio da transição energética?



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