Pedro Caldeira era uma máquina de fazer dinheiro. Era o homem certo na altura certa a quem tudo, no final, deu errado.
Em meados dos anos 80, época da adesão de Portugal à então CEE (Comunidade Económica Europeia), forma-se uma “bolha” na Bolsa de Lisboa, à semelhança do que acontece noutros mercados de ações da Europa e dos Estados Unidos. Fazem-se fortunas do dia para a noite. Quem já tem dinheiro ou poupanças dificilmente resiste a entrar na “febre”. Todas as manhãs, na baixa de Lisboa formam-se filas que dão a volta ao quarteirão. Os mais idosos levam cadeirinhas de plástico para se sentarem à portas dos escritórios.
No centro de todos estes negócios estão os corretores, naquela altura ainda um grupo muito restrito de intermediários: e só eles podem fazer os negócios entre quem vende e quem compra. O movimento é tanto que nenhum consegue manter os registos e a contabilidade em dia, muito antes da era dos computadores e quando tudo era em papel e recortado a tesoura. Muito menos aquele que rapidamente se tornou o mais importante corretor da bolsa de Lisboa: Pedro Caldeira.
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