Braga quer ser uma ilha. Pelo menos, essa é a vontade da Capital Portuguesa da Cultura 2025 para os próximos dias de Utopia (2 a 12 de novembro), festival literário que se materializa a partir e para lá do livro, conjugando realidade, ficção, pensamento político, passeios literários, exposições, concertos e mais de cem convidados a debater novas possibilidades de habitar e imaginar o mundo.
Dessa centena de nomes – que vão da escritora russa Ludmila Ulitskaya (11 nov.) ao ensaísta francês Gilles Lipovetsky (11 nov.), de Miguel Esteves Cardoso (5 nov.) a Afonso Cruz, autor de uma encomenda inédita a ser apresentada nos dias 3 e 4 de novembro – Frederico Lourenço e Ricardo Araújo Pereira foram os eleitos para a sessão inaugural do evento promovido pela The Book Company (parte integrante do grupo editorial Penguim Random House).
O primeiro é “um homem que traduz diretamente do latim e do grego”; o segundo, alguém que teve um ano de latim e que decorou as desinências valendo-se da canção popular Machadinha. Ricardo Araújo Pereira usa a depreciação para atiçar o riso da plateia, mas Frederico Lourenço eleva-a, puxando Aristóteles para a conversa e assegurando que, no pensamento do filósofo da Grécia Antiga, a comédia era considerada a obra e o trabalho mais difícil de todos.
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