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Pedro Nuno Santos vendeu participação que tinha em empresa de calçado do pai – Observador Feijoada

ByEdgar Guerreiro

Nov 15, 2023

O candidato à liderança do PS Pedro Nuno Santos vendeu a participação que detinha na empresa de calçado do pai, a Tecmacal — como comprova o registo de interesses divulgado nas últimas horas pela Assembleia da República. O facto de a empresa ser detida pelo ministro em conjunto com o pai e outros familiares e ter realizado contratos públicos quando este estava no Governo levou a que a oposição exigisse a demissão do ministro, que este respondesse perante o Parlamento numa audição e que o Ministério Público junto do Tribunal Constitucional investigasse a ligação — tendo dado razão ao ministro.

A candidatura de Pedro Nuno Santos confirmou ao Observador que o candidato à liderança do PS “desde fevereiro deste ano que não tem qualquer participação na Tecmacal”. O antigo ministro, recorde-se, detinha 1000 ações no valor de 5 euros cada, correspondentes a 0,5% da empresa. O então governante não se desfez logo das quota para não dar força à tese de que era ilegal deter essa participação, mas decidiu fazê-lo quando a poeira assentou dois meses depois de sair do Governo. A participação — que o próprio definiu como “simbólica” — podia dar problemas desnecessários a um candidato à liderança do partido e do país. Pedro Nuno Santos, diz fonte da candidatura, fez questão de doar a sua participação (ao invés de cobrar o valor das ações) para não ter mais-valias da operação.

Sobre o facto de a informação só ter ficado disponível nas últimas horas, a história é outra. Pedro Nuno Santos regressou no dia 4 de julho deste ano ao Parlamento e, nos cinco meses seguintes, não foi publicado qualquer registo de interesses. Na terça-feira, um dia depois do lançamento da candidatura no Largo do Rato, o Observador questionou a secretaria-geral da Assembleia da República sobre o porquê de estar publicado o registo de todos os restantes 229 deputados, mas não de Pedro Nuno Santos. Poucas horas depois do email, o registo de interesses do antigo ministro das Infraestruturas foi publicado no site do Parlamento.

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