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Após o ataque com mísseis do Irã a Israel, alerta de "graves consequências" dos EUA


Nova Deli:

O Irã lançou uma barragem de 181 mísseis balísticos contra Israel na noite de terça-feira, acionando sirenes de ataque aéreo em todo o país e forçando quase 10 milhões de israelenses a se abrigarem em abrigos antiaéreos. As Forças de Defesa de Israel (IDF) relataram que uma grande parte dos mísseis foi interceptada pelos avançados sistemas de defesa antimísseis do país, incluindo os sistemas Iron Dome e Arrow. No entanto, vários projéteis conseguiram penetrar no escudo de defesa, causando danos menores e ferimentos leves.

Resposta imediata

O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, condenou o ataque, afirmando que o Irã cometeu um “grande erro” e alertou Teerã que “vai pagar por isso”.

A salva de mísseis é o segundo ataque direto do Irão a Israel este ano, após uma ofensiva semelhante em Abril, que foi rapidamente subjugada pelas defesas israelitas e aliadas. Os ataques de terça-feira, segundo autoridades iranianas, foram uma retaliação pelo recente assassinato do líder do Hezbollah, Hassan Nasrallah, e do líder do Hamas, Ismail Haniyeh, em operações militares israelenses.

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Guy Nir, porta-voz da embaixada de Israel na Índia, falando exclusivamente para NDTVdisse que uma resposta apropriada será dada a Teerã. “Se ele (o aiatolá Ali Khamenei) planeia iniciar uma guerra em grande escala com Israel, será um erro para eles (Irão)”, disse Nir à NDTV. “A resposta de Israel será algo estratégico e preciso, e não uma guerra em grande escala. Não creio que nenhum lado queira isso.”

Embaixador do Irã na Índia Iraj Elahi alertou que seu país “atacará Israel novamente” se não diminuir as tensões na região. “Se o Hitler do nosso tempo (Netanyahu) parar com a sua brutalidade e hostilidade, então o seu país não terá de enfrentar as consequências”, disse Elahi à NDTV.

Alerta dos EUA sobre consequências graves

Em resposta ao ataque, o Conselheiro de Segurança Nacional dos EUA, Jake Sullivan, emitiu um aviso severo ao Irão, afirmando que o ataque com mísseis representava uma “escalada significativa” e que haveria “consequências graves”. Durante uma conferência de imprensa na Casa Branca, Sullivan prometeu que os EUA apoiariam Israel e apoiariam quaisquer medidas retaliatórias.

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O Presidente dos EUA, Joe Biden, fez eco deste sentimento, expressando total apoio a Israel e indicando que estavam em curso discussões militares para determinar uma resposta apropriada. Biden garantiu que os militares dos EUA ajudariam na defesa de Israel e interceptariam quaisquer novos ataques com mísseis iranianos. Questionado sobre o alcance do envolvimento dos EUA, Biden comentou que as discussões sobre uma resposta conjunta eram “ativas” e “contínuas”.

O ataque e as consequências

O Corpo da Guarda Revolucionária Islâmica do Irã (IRGC) assumiu a responsabilidade pelo ataque com mísseis, visando três bases militares israelenses perto de Tel Aviv. O ministro das Relações Exteriores iraniano, Seyed Abbas Araghchi, declarou o ataque concluído, a menos que Israel aumentasse ainda mais. O IRGC alertou que qualquer retaliação israelense resultaria em “ataques esmagadores”.

Embora a maioria dos mísseis tenha sido interceptada, houve relatos dispersos de danos e feridos. Em Tel Aviv, dois civis ficaram levemente feridos por estilhaços, enquanto na cidade de Jericó, na Cisjordânia, um civil palestino foi morto pelos destroços de um dos mísseis, informou a agência de notícias AFP. Os militares israelenses anunciaram rapidamente que a ameaça imediata havia passado e os civis foram autorizados a deixar os abrigos antiaéreos após uma hora.

Implicações regionais e globais

O ataque com mísseis de Teerã ocorre em meio a temores crescentes de um conflito regional mais amplo. Numa escalada relacionada, as forças israelitas realizaram ataques terrestres no sul do Líbano, visando posições do Hezbollah. As autoridades libanesas informaram que os últimos ataques aéreos israelitas mataram pelo menos 55 pessoas, aumentando o número crescente de vítimas desde que o conflito se intensificou no início de Outubro.

O ministério da saúde do Líbano afirmou que mais de 1.800 pessoas foram mortas desde o início do conflito, com centenas de milhares de deslocados em toda a região. A possibilidade de uma nova escalada entre Israel e os grupos apoiados pelo Irão no Líbano e em Gaza levantou alarmes em toda a comunidade internacional.

Reações Internacionais

O secretário-geral da ONU, António Guterres, condenou o ataque, apelando a um cessar-fogo imediato e alertando contra o alargamento do conflito no Médio Oriente. “Isto tem de parar. Precisamos absolutamente de um cessar-fogo”, disse Guterres num comunicado.

À medida que as tensões continuavam a aumentar, a Jordânia, o Iraque e Israel fecharam o seu espaço aéreo e os voos foram suspensos no Aeroporto Internacional de Teerão, no Aeroporto Ben Gurion em Israel e noutros centros regionais. Os países vizinhos, incluindo o Iraque e a Jordânia, estão a preparar-se para novas consequências, com as milícias iraquianas apoiadas pelo Irão a ameaçarem atingir bases dos EUA na região caso Washington se envolva no conflito.


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